quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Gegiginha

Dia nove de dezembro faz quatro meses que você partiu e esses textos nada mais são do que uma conversa minha contigo (ou minha comigo mesma), na tentativa de fazer essa tristeza ir amenizando.
Estou triste, bem triste. Todo mundo diz que o tempo faz tudo passar, cura tudo e tals mas deve de ser um tempo mais longo que esse até agora, porque nesse tempo agora, nesses quatro meses que estou sem sua presença só parece que as coisas pioraram. Essa premissa sobre o tempo sempre fez parte das minhas favoritas: "o tempo cura tudo", "o tempo resolve tudo", "só com o tempo mesmo", blá blá blá... porque no momento tenho raiva do tempo. O tempo é o que me separa da última vez que estive com você, o tempo vai me fazendo esquecer o som da sua voz e o som da sua risada, o tempo me distancia dia após dia da sua presença física, de todas as sua chatices, mas de todas as suas coisas boas. Sinto falta das sua mensagens no whatsapp, das suas perguntas cretinas do tipo "o que você vai fazer amanhã" ou "você não quer fazer tal coisa" que obviamente eu não queria fazer! Incrivelmente não sinto tanta falta das suas comidinhas, mas sinto muita muita falta de poder te perguntar por quanto tempo cozinho aquilo, como se faz tal coisa e que tempero você usa mesmo? Sinto falta de achar que eu era tão superior nos mistérios da vida do que você porque agora percebo que não sei absolutamente nada.
Tá.
Por mais que eu prefira e queira muito ficar aqui chorando e sofrendo fico pensando que se fosse eu no seu lugar e o Nathan estivesse aqui, cara, eu ia ficar puta dele ficar com essa frescura ao invés de aproveitar a vida. Então vou te dizer que pessoas maravilhosas vieram ao nosso nosso socorro e não nos desampararam e continuam a não nos desamparar, estando presentes quando precisamos, nos dando a mão quando tropeçamos, enxugando nossas lágrimas quando choramos e eu as retribuo com meu amor, gratidão e lealdade, e você sabe como posso ser leal.
Mas nenhuma delas é você, mãe.
Sem mais auto piedade, o dia hoje está chuvoso (hoje não é dia nove - hoje, dia nove, está sol), aliás está sendo uma primavera muito chuvosa, você ia detestar, mas lá fora, enquanto escrevo, um pássaro insiste em continuar cantando meio que dizendo: pode fazer chuva, sol, nevar mas eu vou continuar aqui, vivendo minha vidinha, aproveitando cada dia ou pelo menos fazendo com quem eu, Nathalie, me lembre disso, me fazendo pensar que criaturinhas tão pequeninas sabem viver melhor do que os seres "pensantes".
Te amo eternamente.
Esteja bem, estou fazendo meu melhor.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Meninas e seus cabelos

Os cabelos sempre foram usados simbolicamente na história da humanidade além de uma simples moldura para o rosto.
Para os homens já significaram força, quando em excesso, como para Sansão e sua cabeleira. Já a falta deles podia significar sabedoria, como a representada pelos sacerdotes do antigo Egito que eram carecas.
Para as mulheres... bem, para as mulheres sempre significaram as mesmas coisas mesmo - sedução e sensualidade! Culpa talvez de Afrodite ou mesmo de Eva, que segundo rezam as diferentes lendas, ambas usavam seus cabelos para cobrirem seus corpos nus.
Deixando lendas de lado o que temos mais próximo de nossa sociedade atual são épocas em que a moda ditava o penteado, ou que o penteado ditava a moda. Lembram-se das perucas de nossos "descobridores" (mulheres e homens usavam perucas rebuscadas em cima dos cabelos piolhentos), e dos cabelos usados nos anos 30, 40, 50? Um must para a época!
O tempo passou, a humanidade evoluiu e os cabelos deixaram de ser importantes em uma sociedade espiritualizada e moralmente evoluída onde a imagem não conta e sim os sentimentos e caráter de uma pessoa.
Gargalhadassssss!!! Só que não!!!
O tempo de fato passou e no máximo a humanidade aprendeu a usar a cabeça e os cabelos, digo, usaram a cabeça e aprenderam a usar os cabelos! O que significa que descobrimos que no que se diz respeito a imagem, cabelo bonito vende-se e portanto, vendemos usando os cabelos!
Com muita frequência a imagem de mulheres lindas e com fartos cabelos brilhantes, sedosos e com certeza cheirosos é utilizada para vender produtos. Fora todo a apelo desta imagem de perfeição em si. Para você, pessoa comum, caso queira conquistar uma cabeleira daquelas vai precisar no mínimo no mínimo de quê? De shampoo. O shampoo limpa os cabelos, mas os deixa ressecados então precisarás automaticamente de quê? De condicionador. Caso o condicionador não dê conta de transformar seus cabelos nos cabelos de Gisele Bundchen (e não vai), você vai fazer o quê? Comprar creme para hidratação, ampolas mágicas, creme para pentear, creme sem enxague, óleo de silicone para as pontas, óleo de argan para tirar o frizz, secador para secar, chapinha pra alisar, babyliz pra modelar e... pronto - ficou uma caca!!! Ficou uma droga, uma porcaria e daí você pensa: "bem que meu cabelo podia ser mais volumoso, mais comprido, menos ondulado, mais louro, menos escuro... vou ao salão!"
Pois é amigos e amigas se tudo der errado o que lhe resta é o salão de cabelereiros para sair de lá PERFEITA! Lá você corta, pinta, descolore, estica, puxa e... se endivida! Cada ida ao salão não sai por menos de duzentinhos, isso porque eu, Nathalie, a escritora que vos fala tenho apenas três fios de cabelo (recalque a parte!), somado ao meu salão ser apenas um salão "de bairro" porque em salões famosos da cidade nem me atrevo a imaginar o rombo que um tratamento capilar pode custar.
Houve uma vez que estive em um desses salões, há muito tempo atrás, na verdade nem sei se foi em sonho... Liguei e perguntei: "qual é o preço do corte?" - "Sessenta reais", me respondeu a atendente. Era caro, mas dava pra pagar. Meu susto foi que ao chegar lá eu tinha que pagar a parte para pra lavar, para secar e não me admiraria se me cobrassem pra sentar! Fiquei tão envergonhada de ser pobre que nunca mais retornei.
Tenho certeza que os homens estão pensando: só mulher mesmo, homem não gasta com estas "besteiras", mas assumam se forem capazes: não gastam, mas fazem gastar! A maioria absoluta de homens preferem mulheres com cabelos longos e lindos... ou você aí gosta de mafuá??? Fora àquela história de segurar a gata pelos cabelos e tals...
DOMINAÇÃO, MANIPULAÇÃO, MACHISMO E FEMINISMO também!
Neste ínterim, cabelos longos em mulheres em idade fértil até dá pra entender, mas e em menininhas? Elas brincam, suam e odeiam desembaraçar e pentear os cabelos. Seus cabelos vivem cheios de nós e desgrenhados. Eu sei porque eu tinha um nó amigo, aqui na minha nuca, o qual morou anos na minha cabeça. Já minha irmã odiava tanto pentear seus cabelos que minha mãe os cortou "joãozinho" causando-lhe um trauma por causa do agora chamado bullying. Pra vocês terem ideia, minha prima chegou a dizer que não gostava de brincar com minha irmã porque ela tinha cabelos curtos!!!
Tenho alunas, muitas alunas e disse a uma delas, a qual tem mais cabelo do que tamanho: "Corte esse cabelo!" ao que ela respondeu: "meu pai não deixa!" Viram???
Eu só queria entender qual é o drama em cortar os cabelos curtos. Por que todo esse apego de menininhas, mulherzonas e também a dos homens em relação aos cabelos???
Esclareçamos, meu caros - cabelos são longos pêlos - e não há outra parte do corpo, senão a cabeça em que eles sejam desejados e digo até cultuados longos assim, digo isto com um certo alívio, aliás!
Será que é em razão dos cabelos da cabeça estarem expostos ou será que tudo isso tem a ver com superficialidade e falta de inteligência?
Claro que não!
No entanto é curioso constatar que a única época de suas vidas em que as mulheres permitem-se desapegar-se dos cabelos, é quando seus fios já são em sua maioria brancos e mais curioso ainda é pensar que cabelos brancos estão atrelados à sabedoria, curtos ou longos.
FIM

sábado, 31 de agosto de 2013

SUPER

Sou vidrada em super-heróis, seres de outra ou de nossa dimensão mesmo, com poderes maravilhosos, extraordinários mas que em comum têm o fato de nos salvar de apuros que nós, meros mortais, somos capazes de entrar mas não de sair sozinhos.
O Brasil, infelizmente, não é um bom berço destes seres. Acho que por nossa realidade ser tão dura acabamos por ter como nosso maior inimigo o cotidiano de nossas vidas e contra este, o melhor super-herói é um bom copo de cerveja e uma ou duas peladas (a futebol e a boazuda pelada mesmo)!
Não contar com estas entidades incríveis, no fundo, é uma coisa boa, porque nem temos arranha-céus nos quais o homem-aranha grudar suas teias e ir pulando de prédio em prédio. Além disso, creio que ele só poderia atender chamadas nas áreas nobres já que no subúrbio Spiderman se enroscaria todo na fiação elétrica e telefônica. Um fiasco! Tampouco seria possível ver um BATsinal enviado do Capão Redondo lá pra Serra da Cantareira, onde provavelmente se localizaria a BATcaverna. 
Aliás, graças às nossas ruas estreitas, a maior parte da Liga da Justiça ficaria impedida de nos ajudar porque onde é que é que a Mulher Maravilha iria pousar o raio do jato invisível que serve de lotação pra galera que não voa? Só se for no campinho de futebol da área, mas se ficar meio longe pode ser que a operação se inviabilize por motivos... técnicos?
Não voadores excluídos nos sobram super-heróis voadores  como o Superman, mas convenhamos: verde e amarelo não fica legal no super uniforme de ninguém, nem vem!
Falando dos multimilionários Wayne e Stark - algo semelhante no Brasil seria Roberto Justus? Eike Batista?
Roberto Justus não me parece tão inteligente a ponto de criar supermáquinas e sua queda por casamentos atrapalhariam sua imagem e sua concentração nas missões: imaginem a manchete "mulher de super-herói faz quadradinho de oito na TV"! Isso desconcentra, cara!
Eike Batista até tem a atitude certa, faz o tipo audacioso, confiante. Complicado seria ficar caindo de status de bilionário pra milionário e ter seu crédito suspenso e não poder concertar sua armadura de Homem de Ferro... e tem outra coisa, esta história de ter seu filho Thor cometendo crimes e saindo ileso por causa de papai não dá, né? É tipo escorregar do lado "do bem" para o lado "do mal", tipo ficar passando toda hora pro "dark side of the force", se bem que vai ver que é essa a forma do super-pai meio que dar super poderes ao garoto...
Mas sabe, uma coisa que Eike sabe escolher é nome de filho: Thor, o rei do trovão! Pra mim soa perfeito para um super-herói ícone para o Brasil. Não voa, não balança de teia, não precisa de sinal luminoso e não requer espaço para seu avião porque seu super meio de transporte é seu martelo que também é arma e cabe em qualquer lugar. O único problema é que sinto que os ativistas de plantão iriam logo achar preconceito que em um país de maioria negra, o super-herói símbolo fosse logo nórdico, forte e de olhos azuis. E eles certamente eles receberiam o apoio dos machistas brasileiros que chamariam o cara de bichinha pra baixo por causa de suas roupas de couro e suas longas madeixas. Isso sim é preconceito... e inveja! Eu VOTO no THOR!!!
 A verdade é que nesse país de ladões de galinha, pés de chinelo, política absurdamente corrupta e justiça duvidosa, só louco pra querer ser super-herói.  Por falar em louco, já imaginaram? Um monte de super-heróis meio pancadas da cabeça? Uma super DESliga?
Teríamos um super TDA (transtorno de déficit de atenção), o super-herói que esquece que vai salvar o mundo no meio do caminho porque se distrai com um passarinho.
A super TOCgirl (transtorno obsessivo compulsivo), a heroína que precisa dar três socos, duas giradas, seis chutes senão o inimigo não morre, sempre usando luvas pra não pegar germes!
O super Bipolar, o herói que às vezes é do bem e às vezes é do mal.
O super Esquizofrênico, está sempre pronto a lutar contra os inimigos imaginários.
O super Síndrome do Pânico, que às vezes não consegue lutar porque está congelado de medo mas que quando vai, só perde para portas trancadas e lugares apertados...
Brincadeiras a parte, como não temos Super Liga e tampouco Super DESliga, vamos tendo que nos contentar com os "super planos do governo" mesmo, do tipo "super bolsa família", "super bolsa presidiário" que como paliativos são ótimos em nossa sociedade cega talvez de tanta, tanta cerveja.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Periquito dá(?) sorte



O Shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo, foi inaugurado quando eu tinha uns cinco anos de idade.
Passei minha infância, adolescência e início da idade adulta indo, praticamente, exclusivamente nele.
Houve uma época que o supermercado acoplado a ele era o Eldorado, com uma loja superior com utensílios, brinquedos e muitas coisas legais. Muitos mercados já passaram por lá desde então e penso que agora tenha uma loja do Carrefour, não que essa informação seja de muita relevância, mas penso: já que todos os mercados vendem as mesmas coisas, como uns podem dar certo e outros não?!
 A lanchonete que ficava grudadinha lá era uma chamada Texas Burger, a qual mamã me levava para comer um hamburguinho delicioso de vez em quando. Nunca mais vi outra do tipo, nem sei se tratava-se de uma rede ou de uma pobre tentativa de fazer hambugueres texanos com carne brasileira deliciosos!
As lojas do shopping em si trocaram muito durante o tempo que o frequentei e meu foco no que era uma loja divertida também. Primeiro eram as de brinquedos, ahhhhh.... aquelas em que você vê tudo e sonha dias e dias depois com o que não pode ter! Depois, quando adolescente, qualquer loja serve, mas geralmente a que te interessa é a que vende coisas da banda de rock que os amigos gostam, ou as de surf... nunca fui roqueira nem surfixta!!! Uma das coisas que não mudou (até hoje) foi a lanchonete do Mc Donalds, que foi muitas vezes considerada a de maior movimento no mundo. Sem dúvida sua melhor época foi bem aquela que a gente nem tinha grana pra ficar comendo no "Méc", o que fazia seu sabor tão mas tão mais delicioso do que é hoje!
O que também não mudou durante anos foi a presença de um senhor que ficava  aos domingos localizado na área central do shopping com um periquito verde solto, em uma casinha-gaiola amarela, na qual havia uma alavanca que o senhor girava e tocava uma música que parecia de caixa de música misturada com flauta boliviana, que está aqui em algum lugar no fundo na minha mente, mas impossível de reproduzir. Esse periquitinho, cercado pelo cheirinho da pipoca de carrinho, das crianças que ganhavam àquela bola gigante dos brinquedos de parques itinerantes que passavam por lá (aos quais nunca fui), e daquele zum zum zum de gente que parece feliz porque está gastando o suado dinheirinho, aguardava seu dono terminar de tocar a tal música e, à quem havia lhe pagado (geralmente casais de namorados com maçãs de amor na mão), tirava um papelzinho dentre muitos outros e o entregava à pessoa.
Incontáveis foram as vezes que passei por ali sempre interessada e intrigada pela canção, pelo passarinho e pelo que poderia estar escrito nos papeizinhos.
Um dia, fui finalmente convidada a retirar um desses papeizinhos, o que me deixou muito feliz e até atordoada. Lembro dele fofinho, do periquitinho, saindo da gaiola e pegando o papel, um amarelo, entregando pra mim e depois buscando a recompensa na mão do dono (provavelmente uma semente de girassol).
Não me lembro exatamente com que palavras, mas no papel dizia SORTE e que eu era uma pessoa muito boa e que eu não tinha mais bens materiais em razão dessa característica. Dizia também que meu casamento tardaria UM POUCO mas que seria de enorme felicidade. Depois disso seguiam uns números que deveriam me dar sorte.
Desde aquele dia, durante mais de dez anos andei com aquele papel dobrado em quatro dentro da minha carteira e de vez em quando o relia.
Qual não foi minha surpresa ao fazer a pesquisa para este texto que o da imagem logo acima é exatamente o mesmo que eu e que provavelmente toda a torcida do Corinthians recebeu!
De fato lá não tenho muitos bens materiais, não obrigatoriamente por me tratar de uma pessoa "boa", mas gosto de pensar que talvez seja por isso! rs No entanto, quando cismei que meu casamento começou a "tardar", achei que estava na hora de livrar-me do tal papelzinho.
Não, ainda não casei....

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Joelho ralado

Joelho ralado antigamente (credo, já posso dizer isso!), era sinal de felicidade, de criança ativa, espoleta e saudável.
Ralei tanto o joelho que achava que ficaria com cicatrizes pro resto da vida, mas não... taí um lugar bão de ralar, nem marca fica!
Minha irmã era tão espoleta que um dia segurou de patins na rabeira de um carro e foi sendo arrastada de joelhos no asfalto. Essa cicatriz também saiu!
Ralado bom era aquele que fazia uma casca grossa que daí a gente ia cutucando pra tirar os pedacinhos mais secos e às vezes arrancava um pedaço errado e voltava a sangrar aquele sangue vermelho e grosso.
Três meninos em uma bike em alta velocidade: um na frente, um no cano e um no lugar certo - passaram por uma lombada inesperada. O da frente caiu primeiro, rolando pelo chão, o de trás caiu em seguida, quado a bike passou em cima do primeiro e o terceiro, o do lugar certo, foi bater na guia! Rimos à beça! Riram à beça! Todos ralados, ralados de alegria!
Ralado bão era o de criança, era só passar mertiolate que passava....

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Em uma de minhas viagens para casa de papai, localizada em uma cidadezinha no interior de São Paulo e bem pertinho do sul de Minas, tive o prazer de fazer uma caminhada à uma igrejinha ecológica recém inaugurada. 
A tal igrejinha, linda de morrer e construída com doação do terreno ao padre visionário, tem uma grutinha com água fresca da nascente pra beber e os pássaros cantam entusiasticamente por encontrar alimento e abrigo em meio a flores e árvores de todos os tipos. 
É lindo de ver!
Trata-se de uma igreja de São Francisco de Assis.
Um senhor que mora em um terreno ao lado da igreja é o encarregado de regar as plantas e abrir os portões para os visitantes que lá  chegam e ainda diz, naquele sotaque caipira tão divinamente brasileiro, "pó ficá a vontade que não tem hora pra fechá não!" e ao seu lado, sempre, um cãozinho tão amistoso quanto intrometido que segue os visitantes!
O padre visionário fez um púlpito (acho que é isso!) de pedras de onde também escorre da bica a mais límpida água que vai escorrendo e encontra uma cruz de vidro no chão e daí finalmente vai desembocar esta água em um açudezinho também pensando pelo padre. 
Só pra arrematar, ouvimos ainda o berro de cabritinhos que são criados em uma outra propriedade próxima.
Não sou religiosa, mas sou amorosa e o que é bonito de inspirador devemos compartilhar!
Segue fotinhos pra quem quiser apreciar!







Chega de rima!!! Faça de seu 2013 feliz!

domingo, 14 de outubro de 2012

Dia comum

Num dia como esse eu acordo ao lado do amor e o amor à meu lado me leva a viver.
Tomo um café da manhã com um pão integral de quinoa e castanha do pará, nem gosto mas estava pronta a experimentar.
Num dia como esse sei o que vou fazer de almoço e que deve sobrar pro jantar e saio cedo pra comprar ingredientes.
Tenho meus olhos abertos e minha sensibilidade solta e a caminhada de uma quadra até a padaria me traz imagens para refletir o dia todo.
Uma senhora linda e simpática, usando uma bengala nos pede pra cuidar de uma outra senhora cega caminhando pela calçada e que pretendia virar na rua Barão do Amazonas, em seu sentido inverso e totalmente diferente do nosso.
Resolvemos mudar nosso caminho e seguir a senhora cega, bem a nossa frente e que nem sabia que estávamos logo atrás dela a observando e nos certificando que ela realmente iria virar na rua certa.
E seguimos seus passos, sua bengala guia, sua mão nas paredes que por uma ou duas vezes a enganaram com suas reentrâncias até que enfim, na curva correta, ela conseguiu, virou, seguiu seu caminho e nós o nosso, aliás, voltamos a ele.
Num dia como esses, acho ainda tempo pra caminhar, tomar garoa, refletir sobre a vida e terminar com lasanha e Faustão na televisão.