domingo, 29 de maio de 2011

Religiosidade infantil

Me lembro como se fosse hoje de um tipo de cartão que recebi da escola com uma imagem que acredito ser de Nossa Senhora. Pintei aquela imagem com meus lápis de cor e lá dentro, sem ser a pedido de ninguém, escrevi o Pai Nosso.

Enquanto não havia decorado a oração, abria todas as noites aquele cartãozinho e rezava, às vezes ajoelhada do lado da cama, a oração que estava lá dentro.

Minha mãe, minha avó materna e meu pai, naquela época, eram todos espíritas, mas nunca carolas. Sequer me ensinaram a rezar e muito menos me obrigaram.

Até minha adolescência, morando ainda em Sampa, voltava da escola e fazia questão de fazer o sinal da cruz na frente de uma capelinha que se localizava na avenida Guapira. Tudo de fundo católico.


Sempre rezei, orai, pedi, agradeci, implorei e até a um tempo atrás prestava serviço voluntário em um Centro Espírita aqui perto de casa com intenção de fazer algo que fosse tipicamente em prol do outro e por crer que devia algo a Alguém.

Hoje em dia minhas concepções são bem diferentes, mas não é isto que pretendo como foco aqui.

Observo em meu filho a mesma devoção para com a religião e para com a crença em algo maior e desconhecido por nós.

Eu ainda o ensinei a rezar e tinha legitimamente uma religião e a praticava em sua infância, além disso seus parentes por parte de pai também são muito voltados a práticas religiosas, mas e eu? Por que será e de onde veio a tal necessidade de rezar, orar, agradecer e temer, ein?! Por que será que é tão difícil sentir-nos donos de nossas vidas e totais responsáveis por nossas atitudes boas ou ruins?

Poderia dissertar horas aqui sobre minhas atuais teorias, mas como não quero que minhas verdades sejam obrigatoriamente as de ninguém, deixo a você, leitor amigo, a possibilidade de reflexão sobre o tema religiosidade e sobre este catolicismo incrustado.

Beijo me liga!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Normal

"Nathalie, as pessoas são loucas."

Parece uma frase corriqueira e daquelas que falamos por falar, no entanto ela chegou de uma pessoa na qual confio demais na opinião para deixá-la passar despercebida, sem reflexão. Quando passei a pensar seu real sentido, muitas coisas se encaixaram em minha vida e essa epifania do cotidiano tem me poupado de muitos sofrimentos.

Afinal, o que é normal?

Normal pra quem? Normal pra que? Sob qual ponto de vista? E qual é a base de comparação?

Pois é, amigos... o que é e quem é normal????