quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estou precisando de....


Sempre me pego, e aos meus iguais, desejando coisas imprescindíveis a minha vida neste planeta, como as pulserinhas de strass da moda, um sapato da nova coleção de minha marca favorita, uma nova calça legging... entre tantas outras coisas materiais. 

Nestas necessidades vitais cabem também um corpo mais magro e sarado, um humor mais perspicaz, um cabelo mais bem cortado, uma pele mais uniforme, unhas na cor da moda entre tantas coisas diferentes de minha aparência e personalidade.

A verdade, e estou certa que não preciso dizer porque você também sabe (mas vale pela reflexão conjunta!) é que não precisamos de NADA disso. Nada disso é imprescindível, nada disso é primordial e nada disso vai nos fazer mais felizes.

Precisamos uns dos outros, de relações mais verdadeiras e melhores. Precisamos aceitar ao outro como queremos ser aceitos e portanto amá-los como queremos ser amados. 

Creio que a maior vantagem de épocas como o Natal é a possibilidade de pensarmos, refletirmos sobre o que realmente nos é essencial em nossa curta existência nesse planetinha azul e sem dúvida, meus amigos, meus colegas de trabalho, minha família, meu amor, o tio da portaria, as atendentes do shopping, o frentista do posto etc etc etc me são muito mais importantes e essenciais do que meus desejos urgentes e ardentes de ter e parecer o que não tenho e não sou!

Que em 2012 possamos estar mais próximos de nosso próximo e sermos bons uns com os outros!

Obrigada por lerem!





domingo, 6 de novembro de 2011

Banheiro (em) público

Um misto de dor, de nojo, de revolta e de pura piedade passou por meu ser neste fim de semana.

Primeiramente, no sábado, fui surpreendida por uma moça dormindo no chão atrás dos muros da cava do bosque em plena luz do dia. Não obstante meu interesse no que leva uma pessoa a deitar-se para dormir na calçada, cada um dorme onde quer, no entanto, uma pulguinha continuou a incomodar-me por detrás de minha orelha sobre quais os motivos que levam a tomar a decisão dormir de dia, na rua.

Logo pela noite, voltando para casa com meu amado pela madrugada, vislumbrei um porcão a fazer xixi em uma árvore perto de minha casa. Sempre me surpreendo virando o rosto quando me deparo com cena infelizmente comum em nosso país, mas seria realmente eu que deveria ter vergonha??? Por que será que somos tão incivilizados a ponto de acreditarmos que a rua é mais nossa do dos outros cidadãos para simplesmente sacarmos nossa pistola e mandarmos ver em nossas cidades, bairros, ruas, árvores e muros??? Eu sinceramente não devia sentir vergonha, mas sinto: vergonha alheia, vergonha por ser um ser de corpo e mente igual ao do outro que transpõe espaços e regras para mim intransponíveis.

Mas ainda tem pior, se é que é possível. No dia seguinte, ao passar novamente pelos muros da cava, verifico que a caminha feita de tecidos e papéis está lá, mas a moça não. Minha surpresa e indignação se dá ao ver uma outra moça, de corpo muito mais avantajado, logo ao lado da caminha, de cócoras, como que a ponto de parir um filho, mas parindo algo bem mais fétido que vocês certamente já imaginam o quê!
Sim, é isso mesmo! 
Na frente dos lares, detrás do bosque, ao lado da caminha da colega de pouca sorte ou muita imaginação, a moçoila transformou nossas ruas em banheiro público, sem dó, nem piedade e sem um pingo de vergonha à luz do dia!

O quão longe estamos do início de nossa civilização?
Qual a diferença entre Ribeirão Preto de hoje e da Paris medieval?

Não sei.... não sei.... nem tenho palavras, tenho vergonha.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não, você não pode falar o quer quer! Ou será que pode?


Acerca de toda polêmica em torno do apresentador e comediante Rafinha Bastos em razão de seu comentário sobre a cantora Wanessa Camargo http://www.youtube.com/watch?v=_iRScEQU9p0, meu senso filosófico vem refletir sobre o que podemos ou não podemos falar.

Inicio discutindo sobre a premissa do devemos ou não, pois poder, é certo que podemos, nos foi dado o direito e tudo que não sai pela boca, fica na cabeça, oficina de coisas que nem o pobre do diabo poderia supor!

Rafinha respondeu que "faz piadas de mal gosto sim, pois é livre e a constituição lhe deu esse direito", ainda, segundo ele, "cabe à cada cidadão concordar ou discordar de suas opiniões" dentro também da liberdade que nos "é oferecida", aí não mais obrigatoriamente pelo estado, mas pelos conceitos que desde muito cedo são formadores de nosso caráter vindos de nossos pais e de todo ambiente externo que nos circunda.

Liberdade temos, raciocínio temos, mas diante de tantas possibilidades, o que fazer com eles?

Devemos sair despejando nossas opiniões, conceitos, piadas (...Sim, minha amiga, contar piada exige profundas técnicas. Poucos têm o dom. Poucos percebem o tom certo. O momento exato, o local adequado para a piada. O bom contador de piadas é um artista. Fico fã, fascinado... http://www.marioprataonline.com.br/obra/cronicas/os_contadores_de_piada.htm) sobre tudo e todos? E o direito do outro de não querer saber ou ouvir que não é assegurado pelo estado e sim por seus ouvidos e pela sorte (ou azar) de estar no lugar errado na hora errada (ou no canal errado no programa errado)?

Minha medida sempre foi a de não ultrapassar a medida alheia e acho que mais do que tudo, isso caracteriza a boa educação.

Será que a questão então é essa, educação?

Bem, senhores, falemos ou não falemos o que queremos a verdade é que na mesma medida em que somos livres para tal, somos responsáveis pelo que proferimos. Pode não parecer muito, mas no caso de nosso amigo Rafinha, seu ímpeto foi "castigado" com sua suspensão na emissora e agora por seu pedido de demissão da mesma.

Rafinha, dantes por cima da carne seca vai ter que se contentar em comer por enquanto carne não *kosher e putrefeita! (cale te boca, garota!!!)


*Produtos Kosher ou alimentos kosher, são todos aqueles que obedecem à lei judaica.A carne bovina judaica passa por um processo de retirada do sangue onde as peças (quartos dianteiros) são imergidas em água gelada e depois ela é salgada com sal grosso e após isso e imergida novamente em água gelada para retirar totalmente o excesso e sangue.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Esmaltes coloridos


Sou facilmente hipnotizada por cores. Amo o preto, amo o branco, mas qualquer cor mais vibrante me ganha muito mais facilmente.

No entanto sempre fui uma garota tímida. Tímida e insegura comigo mesma.

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Me lembro de ter uns cinco anos e estar na beira de uma piscina no Iate clube de Itanhaém (não, eu não tenho um iate!), olhar para meus pés e pensar, putz, meu pé é muito feio, e pensar em escondê-lo, em um clube, por achar que todo mundo lá estava reparando no pé que eu achava feio.
Daí por diante sismei e pronto a ponto, de na adolescência, não usar de maneira alguma sandálias. Eu havia encafifado que jamais sujeitaria as pessoas a olhar para meus pés horrendos e que portanto NUNCA iria usar sandálias na minha vida.
Depois dos vinte anos comecei bem aos poucos a deixar meus dedos do pé de fora, mas foi quando conheci meu amado namorado que passeii a olhar para meus pés, e posso dizer que para mim mesma, de uma forma diferente.
Quando comecei a fazer as unhas não podia nem pensar em passar esmaltes coloridos, porque a insegurança era tanta que tinha medo de chamar atenção para o que comprovadamente só eu acreditava ser feio.

Ahhh, mas o bom da vida é que a gente pode mudar e as cores, que se misturam e mudam, formando novas cores ou voltando a ser primárias, me ajudaram a mudar. Como poderia eu viver uma vida inteiramente "*renda"????

Não pude!

Nessa fase abençoada de esmaltes coloridos, fui aos poucos experimentando cada uma dessas cores vivas que me inebriam. Comecei com os vermelhos, depois pinkes opacos, vibrantes, gritantes de todos os tipos e daí vieram os alaranjados, verdes, azuis e até os darks, e o ponto máximo de minha evolução foi quando me permiti o 'impermicível'... contra todas e todos os meus pensamentos de baixo-estima e insegurança mandei um colorido nos pés!!!!!!

Amo as cores, as cores me inebriam...

Esta semana recebi uma cartinha de uma aluna minha de oito anos que dizia: Teacher, você é melhor professora do mundo. Você é legal, muito engraçada, um pouco brava e muito muito colorida, adoro aprender English com você".

Eu sou colorida, cara!!! Quer elogio maior?????

Cabem ainda algumas reflexões: 1 - "prefiro ser uma metamorfose ambulante" do que não me dar a chance, nesta vida que pode ser única, de experimentar. 2 - Já diria mamã, quem não gostar que não olhe!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ponto de vista: ponto cego

Dia!

Tá enxergando bem hoje ou está cego por seu ponto de vista? Porque o ponto de vista, aquele pelo qual lutamos por e defendemos com unhas e dentes é certo que é cego!

É exatamente como quando olhamos para aquele exato ponto no espelho retrovisor do carro e não enxergamos um outro veículo vindo e é por uma fração de segundos que não provocamos um belo de um acidente.

As diversas situações as quais somos expostos em nossas vidas são exatamente desta forma, com a diferença de que realmente chegamos a bater, e de frente, com nossos próximos para que tenhamos razão e nosso ponto de vista "prevaleça".

Quanto vale a pena?

Refletir, repensar, colocar-se no lugar do outro é deveras importante e talvez como diria Raul, ser uma "metamorfose ambulante", no final, seja uma solução menos dolorosa... mas.... realmente não sei....
Estou cega por meu ponto de vista!!!!!!!!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Metrô

Tive a oportunidade de há poucos dias visitar minha cidade natal de uma maneira meio que 'relâmpaga', mas do tamanho exato para alimentar minha imaginação e claro, minha nostalgia.
Em menos de vinte e quatro horas fui e voltei, mas a meia hora que passei sobre os trilhos do metrô de Sampa foram suficientes para que as boas lembranças pudessem voltar.
Percebi que os trens estão mais modernos e que agora eles têm várias televisõeszinhas por vagão. O engraçado é que os motoristas ainda cantam a próxima estação e com ou sem modernidade, ainda é praticamente impossível de se entender o que eles falam (rs), portanto, fique atento ao mapa!
As portas também estão diferentes. Não há mais aquele borrachão em que eu, minha irmã com sete anos na época e tantos outros manos andávamos com as mão enfiadas, com os dedinhos pra fora um tanto quanto irresponsavelmente.
Não há mais também, claro que há algum tempo mas só agora pude constatar, os detentos do Carandiru porque não existe mais Carandiru, a estação sim, mas não a prisão e tampouco os detentos que ficavam com os braços e pernas pra fora das janelas gradeadas em quadradinhos. Todo dia, na mesma hora, eu e minha irmã acenávamos para eles e eles nos acenavam de volta.
Ah a linha um... Pra quem não sabe, a linha um é a que agora leva do Tucuruvi (meu bairro) ao Jabaquara... esses trens viram tantas de minhas mudanças...
Ela me viu com onze anos, pré adolescente, apaixonada por mil garotos, de mexa loira nos cabelos e batom vermelho, levando minha irmã pentelha e hoje tão saudosa, todos os dias em meio à poluição e aos travestis e cortiços da estação Armênia...
Ela me viu bicho-grilo, de boné, de calça de moletom cortada, louca para ser livre, descobrindo a poesia, buscando meu futuro, indo todos os dias pro meu cursinho na estação São Joaquim.
Ela me viu agora, mãe de um garoto de doze anos que não saberia andar sozinho de metrô, dona de minha vida, de meus interesses e de tantos interesses diferentes daqueles de quando eu dizia tchauzinho pros detentos, ou mesmo entrava no trem com um saquinho de salgadinho Piraquê! De cabelos curtos, atrás de meu visto para os States em uma ida ansiosa e uma volta feliz da vida com ele a caminho, orgulhosa de mais uma conquista.
Sempre foi assim, sempre é assim...
Nem sempre quem vai sobre os trilhos, é a mesma que volta.
Ah... o metrô e as linhas de nossas vidas...

domingo, 12 de junho de 2011

A mulher que virou pedra

'Como uma semente de flor a mulher foi posta no solo desse planeta por seus pais e floresceu em um jardim sujeito às forças da natureza assim como todos os jardins. Seus pais, jardineiros prestimosos, por já haverem perdido outras flores para o tempo, cuidaram da mulher com todo o zelo e dispuseram de toda proteção que existia. O jardim era lindo, cheio de pássaros e abelhas, o sol era amigo e a chuva refrescante, mas certas épocas, tudo mudava e esse foi o motivo pelo qual seus pais resolveram colocá-la em uma arredoma de vidro.

A mulher casou e teve filhos, mas um dos jardineiros morreu. A proteção que lhe era dada já não era a mesma e a mulher começou a ser exposta ao sol, ao vento e aos caprichos do tempo. A jardineira que restara, percebendo que tanta proteção havia feito ao invés de bem, mal à mulher, tentou ainda ajudá-la a lidar com as forças da natureza, mas era tarde demais e logo depois, a jardineira também morreu.

A flor agora estava totalmente exposta às forças do vento, da chuva, da seca, das noites frias; a mulher se separou, atrasou as contas, ficou só e teve lidar sozinha com seus filhos, com a busca pelo amor, com o sustento da família, com a vida, com o tempo.

Sem ter aprendido a lidar com cada uma dessas coisas pelo excesso de zelo de seus pais, a mulher foi ficando cada vez com mais medo e se escondeu o máximo que pode da chuva e do frio em um canto escuro e aparentemente protegido.

A mulher não saía de lá pra nada e mesmo assim foi encontrada por uma tempestade que a deixou ainda mais amedrontada e a fez esconder-se ainda mais na sombra escura, onde nem as água da chuva pudessem banhá-la mais.

De tanto medo a flor não mais saía do escuro e sua raízes foram se aprofundando no solo. Não mais sorria a flor com as vinda dos pássaros, porque eles não gostavam se sua cor escurecida pela sombra. Nem sequer se alimentava direito a flor, se contentava com o insumo escuro que conseguia nas sombras. Não mais se mexia a flor, mexer-se poderia chamar a atenção do desconhecido e o desconhecido a matava de medo.

O pó começou a cobrí-la, o musgo começou a brotar em si. O que restava de seu próprio jardim foi totalmente esquecido, sua aparência fora totalmente esquecida.

Totalmente engessada no medo da dor, ela pouco a pouco, dia-a-dia, passo-a-passo foi parando, parando, parando... até que parou de vez, a mulher, antes flor, virou pedra.'

É isso, amigos. Cada passo que damos ou não para a entrega para o tempo ou para a liberdade, é todo de nossa e somente nossa total responsabilidade.





domingo, 29 de maio de 2011

Religiosidade infantil

Me lembro como se fosse hoje de um tipo de cartão que recebi da escola com uma imagem que acredito ser de Nossa Senhora. Pintei aquela imagem com meus lápis de cor e lá dentro, sem ser a pedido de ninguém, escrevi o Pai Nosso.

Enquanto não havia decorado a oração, abria todas as noites aquele cartãozinho e rezava, às vezes ajoelhada do lado da cama, a oração que estava lá dentro.

Minha mãe, minha avó materna e meu pai, naquela época, eram todos espíritas, mas nunca carolas. Sequer me ensinaram a rezar e muito menos me obrigaram.

Até minha adolescência, morando ainda em Sampa, voltava da escola e fazia questão de fazer o sinal da cruz na frente de uma capelinha que se localizava na avenida Guapira. Tudo de fundo católico.


Sempre rezei, orai, pedi, agradeci, implorei e até a um tempo atrás prestava serviço voluntário em um Centro Espírita aqui perto de casa com intenção de fazer algo que fosse tipicamente em prol do outro e por crer que devia algo a Alguém.

Hoje em dia minhas concepções são bem diferentes, mas não é isto que pretendo como foco aqui.

Observo em meu filho a mesma devoção para com a religião e para com a crença em algo maior e desconhecido por nós.

Eu ainda o ensinei a rezar e tinha legitimamente uma religião e a praticava em sua infância, além disso seus parentes por parte de pai também são muito voltados a práticas religiosas, mas e eu? Por que será e de onde veio a tal necessidade de rezar, orar, agradecer e temer, ein?! Por que será que é tão difícil sentir-nos donos de nossas vidas e totais responsáveis por nossas atitudes boas ou ruins?

Poderia dissertar horas aqui sobre minhas atuais teorias, mas como não quero que minhas verdades sejam obrigatoriamente as de ninguém, deixo a você, leitor amigo, a possibilidade de reflexão sobre o tema religiosidade e sobre este catolicismo incrustado.

Beijo me liga!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Normal

"Nathalie, as pessoas são loucas."

Parece uma frase corriqueira e daquelas que falamos por falar, no entanto ela chegou de uma pessoa na qual confio demais na opinião para deixá-la passar despercebida, sem reflexão. Quando passei a pensar seu real sentido, muitas coisas se encaixaram em minha vida e essa epifania do cotidiano tem me poupado de muitos sofrimentos.

Afinal, o que é normal?

Normal pra quem? Normal pra que? Sob qual ponto de vista? E qual é a base de comparação?

Pois é, amigos... o que é e quem é normal????

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tive - pretérito perfeito ou imperfeito?


Eu tive uma amiga que me levou um vaso de margaridas no cursinho que plantadas em minha casa, floresceram e refloresceram até mudarmos de lá. Essa amiga tb me levou uma lapiseira-caneta de presente só porque eu disse que era o máximo aquilo!

Eu tive um amigo que tinha uma fábrica de chocolates e que, quando levava ovos para os professores na páscoa, também levava um só pra mim... Nunca esqueci o sabor daquele chocolate branco e que por muita muita sorte e força do destino, provei esta semana um parecido na LeBonbon aqui em Ribs.

Eu tive uma amiga que sabia exatamente o que queria estudar e onde queria chegar desde os dezesseis anos. Ela queria ser engenheira e o é, também trabalha na companhia que sempre quis trabalhar.

Eu tive uma amiga que era apaixona pelo professor de geografia e uma outra por quem ele era apaixonado.

Eu tive um amigo que era filho de embaixador e que havia viajado o mundo.

Eu tive uma amiga que me achava mais bonita que ela e, God, eu não era!

Eu tive uma amiga que aprontava todas comigo, desde queimar pipoca até fazer limonada azeda e vender na calçada.

Eu tive uma amiga que tinha as melhores piadas, as melhores invenções. Palavrinhas e musiquinhas engraçadas para cada momento que entram na cabeça das pessoas que a rodeiam e de repente, estão todas falando como ela.

Eu tive uma amiga que me apoiava e gostava de mim por ser quem eu era e que sequer enxergava meus defeitos. Essa eu ainda tenho!

Tive momentos especiais com pessoas especiais e cada um desses momentos e dessas pessoas está gravado no meu facebook de memórias felizes, assim como seus profiles! Pra mim é um passado mais que perfeito. Tks a lot, guys!


domingo, 10 de abril de 2011

Nosso herói tupiniquim


Este fim de semana assisti finalmente Tropa de Elite 2 e apesar de toda violência e palavrões não deixou de me levar a uma viagem a minha infância dentro dos batalhões da Polícia Políciar da cidade de São Paulo.

Desde muito pequenina sempre viajava com meu pai, hoje coronel reformado da corporação, primeiramente pela Rodovia Anhanguera onde ficava o posto que comandava perto de Cajamar e depois para todos os BPMM's que ele comandou até chegar a Secretária de Segurança Pública de Sampa, na época da governadoria de Fleury.

Amava tudo aquilo. Seus motoristas, a forma como a patente era respeitada, os uniformes, o cheirinho da comida do batalhão, os corredores, tudo tudo... Nunca, nunca vi meu pai agir de forma que mesmo fora do trabalho desrespeitasse a corporação e tampouco vi qualquer um de seus "subalternos" nem naquela época, nem hoje o tratando com menos respeito e/ou com mais intimidade.

Amava tanto tudo isso que por muito pouco não me tornei uma oficial da polícia também, por pouco e por conta do japa que me aplicou o teste psicotécnico e que na lata percebeu que eu não tinha o perfil para aquilo. Na época fiquei arrasada, hoje acho que ele estava certinho!

Com meu filhote temos uma brincadeira em que todas às vezes que saímos do cinema dizemos qual foi nossa parte favorita. Quanto a esse filme vou primeiramente dizer a que menos gostei. Odiei o André Matias ter morrido, cara! Seu jeito, a seriedade, os óculos e até a entonação são exatamente o policial militar que conheço e que a gente tem como herói e em minha ilusão poética, heróis não devem morrer. Já a parte que mais gostei, que prova que como todos meus irmãos de carne ainda estou presa animalescamente a ela, foi o momento em que o Ten. Cel. Nascimento socou a fuça do tal político corrupto Guaraci. Acho que foi como ter a fantasia que todos os brasileiros têm de espancar um político corrupto realizada!

Uma das coisas que mais odeio é corrupção. Não entendo como caráter se vende.

Meu pai, hoje em dia pescador, consertador e apicultor ainda tem uniformes guardados.

Eu, de futura policial, tornei-me professora. Curioso, não?!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Who wants to be a Espertalhão?


Ia, mas não vou dizer que nosso país é mestre em produzir esse gênero de pessoas que denomino espertalhões, pois tipo de pessoa é como mato, tem igual em todo lugar.

Dito isto, darei dicas para você, cidadão comum, tornar-se esse ser que sem dúvida é o mais inteligente ser, pois tira proveito das brechas tolas que os outros cidadãos deixam. Vejamos:

Por que comprar um tapetinho para seu cachorrinho de apê fazer pips e cocs no lugar certo, se você pode levá-lo para fazer sua necessidades na garagem de seu prédio e deixar que as rodas dos automóveis de seus vizinhos encarreguem-se de dar fim aos dejetos?

Calma espertalhões moradores de casa, vocês também têm sua vez! Que tal levar seu cachorrinho ou cachorrão para fazer cocs e pips na pracinha onde as crianças da vizinhança brincam, ãn? Caso não haja nenhuma pracinha por aí, você pode apenas soltar os dogs pela manhã para que se aliviem nas calçadas de seus vizinhos e para que reguem as rodas de seus carros!

Pra você motorista de plantão, que tal formar uma terceira fila onde todos os outros trouxas respeitam o trânsito e os outros motoristas usando apenas as duas faixas estipuladas?

Que tal tornar-se síndico de seu prédio ou mesmo político e usar seu cargo para obter vantagens?

Que tal largar seu lixo na calçada alheia?

Que tal estacionar na vaga reservada para velhinhos e deficientes?

Que tal bater no carro de alguém em segredo, afinal, foi só uma arranhadinha e se você não contar quem contará?...

Que tal zuar seu amigo nerdzão da escola. Que tal pegar alguma coisa dele só de brincadeira e não devolver?

Que tal mentir?

Que tal enganar, roubar?

Que tal matar alguém?

Aí não, é?

Vou te falar que tudo isso é igual, só os níveis é que são diferentes. Use sua imaginação, o leque de opções é enorme. Vai treinando espertalhão, que você chega lá!







quinta-feira, 24 de março de 2011

Lendas familiares



Toda família tem uma lenda. Uma daquelas histórias que sua avó contava, que sua mãe conta e que vc contará, mas que nem por isso sabe se é verdadeira ou não, geralmente porque as pessoas envolvidas já passaram dessa pra melhor.

Da parte de mamã, tem uma história que amo e que pra mim é A lenda. Não porque creio que seja mentira, mas porque acho fantástica por ser verdade.

Vovó tinha um irmão que não conheci, um irmão talentoso, que sabia desenhar, escrever, fazer escultura em madeira, entre outros talentos. Este meu tio-avô teve uma fase braba e estava sem rumo e sem grana. Naqueles tempos, diz mamãe, policiais militares recebiam muitos presentes e vovô era policial militar.

Uma certa vez, vovô, não sei porque cargas d'água, ganhou um diploma em Medicina Veterinária.

Estranho, né?! Mas é verdade! Mas vovô não sabia o que fazer com ele e porque além de policial militar o que ele queria era ficar relaxando em casa ou no boteco da esquina!

Reza a lenda que vovô chamou esse meu tio-avô, irmão de vovó e ambos se reuniram em uma sala e tiveram uma loooonga conversa. Vovô deu seu diploma ganhado de veterinária para meu tio-avô.

O que vc faria com um diploma de algo que vc NUNCA estudou e que provavelmente não é sua área???? Eu guardaria, jogaria fora, sei lá, mas o que titio fez é que foi diferente.

Titio usou o diploma!

Como assim?

A princípio a gente pensa: putz, já naquele tempo já tinha esses trambiques, essas falcatruas, matou tudo quanto era bicho, foi preso, não resolveu nada porque veterinário não ganha dinheiro...

Na na nina não!

Titio estudou, estudou e tornou-se veterinário dos bons. Tão bom que passou a operar animais de grande porte e foi trabalhar sabe onde? No Jockey Clube do Rio de Janeiro operando os cavalos de corrida, meu amigo (essa história tem até glamour)!!!

Tito ficou ricão e renomado e seus dois filhos são médicos também renomados até hoje lá no Rio!

As chances aparecem, precisa ver é se sabemos agarrá-las e o que fazer com elas!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Surpresas

É curioso como a vida nos prepara surpresas, né?! Bem, nem sempre as surpresas são boas...

Em meio a mais um dia corrido decidi que após levar meu filho de volta a escola no período da tarde, iria caminhar em um parque aqui em minha cidade antes que mais uma chuva de verão despencasse e arruinasse meus planos de ser uma pessoa magra.

Cheguei ao parque que estava praticamente vazio e ao colocar meu pezinho no último degrau da escada de entrada, tchibum, o toró despencou.

Inesperadamente, por ocasião do destino e supervisão de São Pedro, fiquei exatamente 24 minutos embaixo do quiosque do coco, tomando chuvisco, tentando achar um lugar longe de um amontoado de formigas daquelas de cabeção vermelho com pinças ao som de uma trilha sonora básica: Madona em Vogue, La isla bonita e Open your heart to me (naquela época em que ela cantava com um falcete inconfundível!), David Bowie em Dance magic Dance e Michael Jackson em Man in the mirror!!!! Bem, fiquei atenta a cada pingo de chuva e mergulhada nos 'Clássicos da Nathy'.

Foi bonito de ver... quando é que eu pararia para este tipo de contemplação? Never, claro!

A chuva foi cessando e comecei a caminhar ainda com os pingos de chuva grossos que acumulados nas árvores caiam na minha cuca e com uma garoinha fininha que precisei até tirar os óculos de tanto que os embaçou.

Tinha o parque só pra mim e a natureza estava em festa! Até cantei uma das músicas do meu mp4 em alto e bom som! rs Vi passarinhos lindos se secando, um bem-te-vi malvado que não me deixou tirar sua foto, os quero-queros procurando bichinhos para comer, a garça mandando ver na pescaria e pouco a pouco as árvores foram secando e as nuvens cinzas foram sendo combatidas pelo céu azul.




Contemplei, pensei, rezei (do meu jeito de rezar!), tirei fotos e até caminhei! (rs) Fiquei feliz e agradecida por aquele momento inesperado, até que resolvi voltar pro meu carro.

Com a mente cheia de idéias frescas e pensamentos bons naturalmente me aproximei de meu carrinho quando percebi que TINHA DEIXADO AS JANELAS ABERTAS E A PORTA DESTRANCADA, AHHHH!!!!

Além da molhadeira nos tapetes e um pouco no banco que vão render o mau-humor do meu amado que havia mandado o carro lavar faz uma semana, cada coisa estava EXATAMENTE em seu lugar dentro do carrinho, UFA!!!

Que dia de sorte, amigos!

Obs.: a Polícia Militar adverte: não tente fazer a mesma coisa!!!


domingo, 13 de março de 2011

Mais uma das da Nathy


O ser humano é um ser coletivo.

Entendo que a felicidade de um, só pode ser completa se compartilhada. Sendo assim, também entendo que a felicidade individual só é possível por meio do próximo, primeiro porque não somos completamente felizes se não amamos alguém além de nós mesmos e segundo que "nossa" felicidade não é só nossa, ela faz parte de algo muito maior.

Nossa felicidade é uma pequena peça que constitui a estrutura, o todo.

Esse momento self-centred está com seus dias contados. O indivíduo deve viver para o coletivo, preocupar-se com algo além de seu umbigo.

"É impossível ser feliz sozinho".

quarta-feira, 9 de março de 2011

POP Corn



Sou uma pessoa que não cozinha de tudo, mas tudo que faço, modéstia a parte, fica bom, porque além de me especializar em certas receitas, tenho talento culinário no sangue dos dois lados da família. rs

É engraçado pensar em como comecei na cozinha...

Quando era pequena lá em São Paulo, aproveitava todas as saídas de minha mãe e dormidas de minha avó para pintar o sete, digo, para digamos explorar possibilidades; e cozinhar era uma dessas possibilidades!

Minha vizinha Renata, amiga desde os sete anos, era minha cúmplice.

A primeira vez que tentei fazer brigadeiro, taquei leite condensado e chocolate na panela, dei uma misturada e larguei lá... nem preciso falar que não aproveitamos nada porque queimou tudo! Pra fazer pipoca foi a mesma coisa. Cismei que queria pipoca doce, a Renata disse que era apenas colocar açúcar com o milho e foi o que fiz. Derreti açúcar e taquei o milho. Virou uma espécie de pé-de-moleque de milho que claro, não estourou!


Pra não deixar rastros (senão minha mãe ficaria uma fera) havia meio que uma 'comporta' no quintal de casa que dava para o sítio (terreno com uns pés de coisas lá no fundo) no qual jogávamos as folhas das castanheiras que varríamos do quintal, pois bem, lá era meu lixão, tudo que eu fazia de errado jogava lá e foi exatamente onde cada uma de minhas tentativas culinárias foram parar!!!

Lembrei disso tudo porque hoje em dia sei fazer pipoca doce, a pipoca da minha avó Lourdes, a pipoca da minha tia Rê e o que mais ADORO é ter comigo uma bacia de pipoca salgada e uma de doce, daí vc come uma salgada e dá aquela vontade de vc comer a pipoca doce. Daí, vc come a pipoca doce e já fica com vontade de comer a salgada de novo e daí vc come a salgada de novo... ai ai, que delícia!

sexta-feira, 4 de março de 2011

A teoria do 'apaixonamento'


Sou uma pessoa cheia de teorias e uma delas é que nomeei de "apaixonamento".

Acredito que o ser humano é um ser facilmente 'apaixonável', ou seja, nós não apenas nos apaixonamos por seres do sexo oposto com quem pretendemos ter um relacionamento ou ainda uma futura família, mas nos apaixonamos por idéias, pela beleza, pela arte e principalmente por outros seres humanos, sejam eles do seu sexo ou não.

Há momentos que encontramos ou somos encontradas por outro ser que, por algum motivo se apaixona por nós, que se encanta meio que magicamente.

Mas será que essa paixão, esse sentimento de querer ficar perto, de querer compartilhar a vida do outro, que a princípio parece que 'will last forever' é realmente por nós no sentido PLENO da palavra ou será que é por uma projeção, uma fantasia que criamos ao conhecer uma pessoa que ainda não conhecemos por inteiro???


Well, o apaixonamento é gostar loucamente de uma pessoa quando a conhecemos e depois, quando a realidade sobre ela se mostra, suas características e portanto seus defeitos, a verdade e não a que criamos em nosso cérebro, acabamos desencantando e meio que desgostando dessa pessoa.

Don't worry, my friends! A vida não é feita apenas de apaixonamentos!

Há pessoas que vão gostar de você pelo simples fato de você ser o que você é e mais, você vai gostar dela exatamente pelo o que ela realmente é e cara, essa pessoa vai ser A mais especial!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Primos - espécie em extinção

Ahhhh como adoro lembrar todas as aventuras com meus queridos primos....

Meu pai me deu a linda oportunidade de fazer parte de uma família de muitos tios, portanto, de MUITO primos!

Nossa infância foi compartilhada principalmente em Divinolândia, cidade onde quatro dos oito filhos de minha avó Lourdes ainda habitam e para a qual amo viajar.

Quantas aventuras no "pasto", local logo atrás da casa de minha avó, naquela goiabeira que hoje ficou minúscula, na rádio "Bué, Chorão"... nome dado por causa de meu primo Conrado que não parava de chorar porque, como ele e minha irmã eram os menores, sempre eram os mais judiados! Cada um tinha seu lugar fixo na árvore. Um dia a Mainá caiu de lá de cima em cima do coco da vaca e essa história durou anos a fio!

Andávamos pela cidade em nosso grupinho, mas sem companhia dos adultos desde muito cedo e formávamos uma pequena gangue, tal como aquela do desenho "Nossa Turma".


Eu era cachorrinha na nossa brincadeira!

Aprontávamos tanto que um dia, meu primo Fabrício quebrou meu dedo na luta por uma bola de basquete e meu primo Conrado me fez um galo na testa quando me tacou uma pedra. Tive meus dias de vingança, um dia taquei desodorante nos olhos da minha prima Vanessa, o problema foi que depois tomei uns tapas da minha tia Rê! kkkkk

Passávamos o dia na horta em meio às nossa imaginações e fazíamos guerra de jabuticaba (isso qdo ninguém cuspia a jabuticaba na cabeça do outro)!

Íamos ao local que chamávamos de "Paineira" e passávamos o dia lá no meio dos bambuzais e de um riachinho, além dos pés de ananás, que demorei a descobrir que eram um tipo de abacaxi!

Corríamos, brincávamos, brigávamos, brincávamos de novo e depois voltávamos a brigar! Amo todos os primos que eram pequenos demais para participar de nossa aventuras e os que nasceram só depois, mas Dani, Nê, Aline, Conrado, Nessa, minha irmã Mainá e meu primo mais insuportável, porém mai inseparável Fá fizeram da minha infância a mais sensacional!

Espero que haja salvação pra mais essa espécie que hoje em dia notamos extinguir-se impiedosamente. Amo vocês!

Bola de sabão

Todos os dias de nossas vidas ao assistir nossos programas de televisão de cada dia, ou ao ler nossas revistas, ao ver propagandas nos outdores ou em qualquer outro veículo de comunicação, nos deparamos com o padrão de beleza estipulado pelos formadores de opinião feitos
especialmente para nós, a massa.




Essa reflexão vai muito mais além do fato de que ser magro é ser saudável e bonito, o ser feliz, não necessita de subterfúgios externos para preencher seu vazio interno. Vazio que advem da necessidade incessante de se encontrar, se encaixar.

Papo bravo, an?! Meio que pesado para esta manhã de verão que provavelmente está nublada e garoósa?!

Muito bem, pensemos então na forma mais perfeita no universo - o círculo. O universo ama os círculos e há algo na mágica na natureza que força sua presença e sua formação incansavelmente. Os planetas são círculos, as rotações e translações são feitas em círculos, nossas vidas e aprendizados formam e seguem um círculo, ou seja, nossas ações e coisas que acontecem conosco eventualmente voltam a se repetir em vários momentos de nossa existência, os olhos, por muitos chamados de janelas da alma são formados pelo o quê??? Círculos.


Observem agora: a única forma que tende a ser livre dentro de nosso planeta, ou seja, de tão fina e frágil, quando forçada a se formar é pressionada por todos os lados pela ação da gravidade e fica linda, livre e flutuante na mais perfeita forma de círculo e o que seria esta forma? Claro que é o nome do texto - a bola de sabão!


O universo quer que sejamos redondos meninos e meninas, por que lutar tão insensatamente contra isso e a favor das idéias do comércio???

Seja livre como a bola de sabão!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O surgimento da família - segundo Nathan


Havia uma espécie de muita inteligência que habitava o planeta terra denominada Crianças.
Cansadas de fazer tudo, este seres de supremo dote decidiram criar alguém que fizesse todos os trabalhos chatos por eles; e foi aí que nasceram os Adultos.
Os adultos, criados a imagem e semelhança das crianças (só que grandes), também eram inteligentes e as crianças tiveram que arrumar um jeito de controlá-los, e foi aí que nasceu a Birra.
Os Adultos, cansados de serem controlados pelas Crianças arrumaram uma forma de se defenderem da tirania das crianças; e foi aí que nasceu A Palmada.
Os conflitos começaram e as duas espécies tiveram que arrumar uma forma de viver em paz.
O trato foi que os Adultos criariam as Crianças com carinho apesar das Birras, mas elas teriam que crescer, tornarem-se adultos e daí cuidar dos Adultos quando fossem velhinhos; e foi a partir deste acordo que nasceu a Família como conhecemos hoje em dia!

Obs.: Esse texto não foi autorizado pelo autor, mas achei muito legal pra obedecer e nem a birra dele me deteu!!!!!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bandaid



No dedinho do pé
Ou no dedão da mão
Bandaid

Pra cuidar de um dodói
Bandaid

Curar não cura nada
Fica tudo úmido e esbranquiçado

Mas bandaid é um carinho
Como se fosse um beijinho
Não sara, mas abraça
Os de bichinhos são uma graça


Pra dias tristes, então
Devia haver bandaid pro coração!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Musicais


Quando eu era criança tive a oportunidade de viver em uma casa que era enorrrrrme.
Pensando hoje em dia, talvez ela nem fosse tão grande assim, mas era minha perspectiva de criança e ela ficou até hoje.
O fato é havia espaço para ter um jardim com sibipirunas, e um quintal com castanheiras atrás e até um carvalho.
Alguém já viu a árvore que dá a castanha portuguesa? Pois é, eu sim! E as castanhas caem dentro de uma casca de espinhos que eu, minha irmã e minha avó tínhamos que abrir com os pés para tirar as castanhas.
Nunca gostei daquelas castanhas, só pra constar, mas hoje, quando as encontramos no mercado, elas custam uma fortuna!
No jardim tanto quanto no quintal haviam ilhas de plantas, ou seja, os pedaços de piso mesmo e não de grama, formavam um caminho maravilhoso em volta das plantas e das árvores. Lugar perfeito para minhas aventuras em minha bike azul!
Lá na frente, no jardim da casa, o qual aliás não tinha muros altos e os portões dormiam abertos, havia dois banquinhos de pedra vermelhos, que serviam como meus palcos!
Pois é, eu dançava, cantava e a cada dia novo era uma oportunidade de iniciar um musical novo, ou de continuar o do dia anterior!
Tive muita sorte de crescer naquela casa na rua Capricho em Sampa, mas qualquer outra casa ou praça em que eu fosse com minha avózinha era uma nova oportunidade de dançar, girar e inventar músicas intermináveis que contavam a história da história da vez!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Atitudes individuais que favorecem o todo

Amigos, nesta semana semana que acaba de nos deixar tive a oportunidade de observar duas atitudes que fico feliz em mencionar aqui.

Ao andar de carro pela cidade sempre nos deparamos com coisas interessantes, mas na maior parte das vezes, irritantes. Dessa vez tive a sorte de encher meu coração com duas atitudes que me fazem sentir-me grata.
Lá por segunda-feira, dia 31 de janeiro, estava eu e meu filhote a andar de carro, e na avenida da Leão XIII, avenida da UNAERP, praticamente na frente do estádio do Bota Fogo, quando percebi que o trânsito se deslocava para a faixa da direita, ao que imediatamente imaginei ser em razão de algum carro quebrado, pois havia um triângulo aberto. Ao passar do lado percebi e me surpreendi com um veículo parado sim, mas com adorável senhor recolhendo um galho da flamboyant que havia caído na avenida por conta da forte chuva nos dias anteriores e colocando-o no canteiro pra que nenhum carro batesse no mesmo.


Os motoristas de nossa cidade vêm sofrendo muito por causa dos radares móveis, que são colocados com a justificativa de tentar controlar acidentes por excesso de velocidade. Lorota, em minha opinião, radar móvel é indústria de multas e não ensina nada de âmbito ético, ninguém se conscientiza da velocidade controlada por meio de multas, mas enfim...

O fato é que além do radar ser móvel, os velhos e bons "marronzinhos" ADORAM ficar bem escondidinhos embaixo de nossas flamboyants e em trechos de pouca visibilidade, como acontece na Presidente Kennedy e na Maria de Jesus Condeixa. Um irritado morador de nossa cidade, certamente cansado de ser surpreendido com os marronzinhos "atrás da moita", catou foi uma carteira escolar abandonada, e rabiscou as letras R-A-D-A-R bem grandes e tascou no trecho antes do local onde os fiscais da velocidade costumam ficar! Além de tornar os cidadãos da cidade mais alertas, nosso anônimo cidadão ainda reutilizou o lixo que encheria nossos córregos!


Amei demais, that's the way to go!




sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não, não posso aceitar!



Vocês sabiam que em 2010, quase 50 mil crianças estavam na lista de desaparecidos aqui em nosso país, a maioria vítima de rapto???? (fonte: Revista Claudia fev 2011 - Veja mais em: http://claudia.abril.com.br/blogs/noticias-da-redacao/dilma-recebe-a-carta-de-claudia/comment-page-1/).

O que me fere, me deixa indignada é pensar que existe tanto ser humano assim, que simplesmente é ruim.

O que cabe outra de minhas reflexões, dessa vez sobre a palavra desumano.

Desumano = des + humano, falta de humanidade.

Se partirmos do premissa de que os sentimentos amor, alegria, companheirismo, amizade, como também, raiva, ódio, traição entre tantos outros, são humanos; assim como as atitudes que todos eles geram como repartir, ajudar mas também matar e roubar, estuprar e privar de direitos básicos são também TODOS HUMANOS, realmente não sei de onde veio essa palavra.

Animais, além dos racionais, não fazem nada disso, portanto ser desumano é totalmente e somente (do) ser humano.

Etimologia a parte, como que seres da minha espécie, feitos da mesma massa, da minha mesma capa (não que eu seja lá grandíssima coisa) e capazes de anos de amor e desapego tão grandiosos são igualmente capazes de atos vergonhosamente grotescos.

Minha vergonha é sermos tão prepotentes e sermos superados por qualquer outro tipo de sociedade em nosso planeta: até as abelhas respeitam seus iguais e isso com a limitação intelectual que as cabem!


O que há conosco, pessoal? Não posso crer que nossa estúpida evolução tem que passar por esta parte em que o ser, só porque possui um cérebro, crê piamente que pode sujeitar o mais fraco, seu próximo, seu irmão em prol de sua mais que efêmera e limitada crença de que sua vontade, seja ela qual for, mas principalmente a de que pode levar "vantagens", pode e deve ser realizada subjugando seu igual.

Não, não e não! Isso não pode acontecer, isso TEM que parar.

Regra número 1 - "ame ao próximo como a ti mesmo" ao que acrescento, mesmo que não saibas amar respeite, passe longe ao menos!

Faço a minha parte. Você faz a sua. Agora, já!



domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre o berro


O berro é um horror, mesmo que não seja de terror!
Rima chinfrin? Uma amiga diria que sim e que nunca gostou de rima assim! hihihi (plágio, Pâm?)

O berro é o vômito da alma.
Quando ela está inundada de dor e não a suporta mais, a expulsa em um estridente e animalesco berro.

O berro não pede passagem, simplesmente escapa e vai colidindo e derrubando tudo e todos que encontra pela frente, pelo lado e por trás.

Desestabiliza ao berrador e ao ouvinte.

Se para o berrador às vezes é libertação, para o ouvinte é um acorde doloroso do veneno aprisionado, mas que vem envenenar.

Um berro ou outro assim, incontrolável, até passa um certo respeito por sua pessoa, mas berradores compulsivos são odiados, pois ninguém suporta essa bomba atômica da voz constantemente, porque o berro contamina de desespero e não há ser vivente imune a ele e, uma vez contaminado, será travada uma guerra desenfreada dos mesmos.

E nesse sentido, como instrumento de guerra, o berro não pode e não deve ser empunhado todo o tempo porque dilacera tudo e todos com sua dor de alma.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sobre o encontro de corpos e de almas


Só o romance de poucos-selecionados-evoluídos casais pode ser baseado apenas no amor e na afinidade. A maioria de nós, meros mortais, necessita, e posso dizer até que gosta, de certas dificuldades em seus relacionamentos para meio que dar "movimento" à vida.

Como exemplo dessas dificuldades posso citar, entre tantos outros, gênio difícil, ciúme, grosseria, mal humor, infidelidade, a boa e velha chatice sem motivo e tantas "características exclusivas de caráter" em nosso companheiro assim como em nós mesmos.

Necessitamos de acreditar que podemos mudar o outro e/ou que somos capazes de mudar por amor e/ou por influência de nosso cúmplice nessa missão.

Depois de algum tempo de convivência, ou desistimos de nosso intento, ou nos frustramos, ou ainda nos conformamos que somos o que somos e que o outro é o que é. Há também os que passam a vida enganando-se.

Caso afinal decidamos que a única saída é desistir de quem antes fora nosso escolhido e decidamos investir nossas forças novamente neste que chamarei de "tango do amor", começaremos esta dança de expectativas e aprendizados do início, levando ou não a bagagem e o aprendizado de nosso experiência anterior.

Se tivermos tido a sorte de evoluir com nosso aprendizado anterior e/ou passado para o afortunado grupo a ser primeiramente citado neste texto (o qual acredito ser capaz de entender a diferença entre amar e aprisionar, entre amar e esperar ser amado de forma clonada a sua), teremos nosso relacionamento sustentado apenas pelo mais simples e puro amor.

Eu, sinceramente, ouço muito falar sobre esse amor sublime e desapegado, mas definitivamente ouço muito mais sobre ele do que o vejo.

Mas assim como há pessoas que acreditam em fadas, doentes e papai noel, eu creio que ele de fato exista e entendo que ele começa com a predisposição ao SIM, mas uma coisa é fato, não há alma gêmea e cara metade que sobrevivam a anulação de individualidade seja nossa ou de nosso parceiro.

Os corpos conseguem se encontrar muito mais facilmente do que as almas e é muito lindo e mágico acreditar que algo sublime opera para que este encontro aconteça, mas a verdade irrefutável é que encontro de almas pode ser construído.