sábado, 27 de novembro de 2010

Por que perguntamos tudo bem?

Por que raios perguntamos - tudo bem?

Quando te perguntam, você pensa pra responder ou manda um outro impensado tudo bem de resposta?

Quando perguntamos às pessoas se está tudo bem, 99% das vezes não queremos realmente saber se a vida daquela pessoa encontra-se realmente tooodo azul, como também quando nos é respondido ou quando respondemos o nosso ensaiado tudo bem, 99% das vezes não estamos falando a verdade, porque na sua, na minha ou na vida de cada um dos seres que habitam este planeta, do mais rico ao mais pobre, do mais bonito ao mais feio, do mais inteligente ao mais burro NUNCA está tudo bem. O tudo é improvável é impossível, o tudo bem que tanto sonhamos seria o perfeito e a perfeição, como bem sabemos, não existe.

Você pode estar sem dinheiro, com dinheiro demais (o que também dizem é ruim, acredite!), você pode estar com a unha encravada, com um parente doente, com alguém sumido, com dor de barriga, com o pneu furado, cansado de trabalhar, sem trabalho e tantas tantas tantas outras coisas que fazem parte de nosso cotidiano, que fazem parte de nossas vidas e com as quais já estamos tão habituados que nem analisamos mais, que muitas vezes nem notamos mais, mas que definitivamente não deixam que as coisas estejam "tudo bem".

Pois bem, estando cientes disso, por que será que ainda continuamos perguntando e afirmando que está TUDO BEM???

Serve de reflexão pra ti, amigo(a), mas na minha opinião, creio que há algo inerente ao ser, mais forte que o mesmo, quem sabe, que insiste em ser positivista, que insiste em dizer e crer que se ainda não está, ainda estará o nosso tão almejado, amado, querido, repetido e esperado tudo bem.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Paciente = cliente



Estamos falando de ética, certo? O médico é um servidor público, ou seja, o cara está lá para atender a população, não que tenha que trabalhar pro Estado, todos têm o direito de clinicar onde bem quiserem e aliás cobrar quanto bem quiserem, isto é bem claro e é vigente em nossa sociedade concordemos ou não.

O que venho questionar, caros leitores(as), é o que temo tornar-se ainda mais comum, como vemos exemplo em uma revista conhecida entregue gratuitamente em nossa região (Ribeirão Preto). Além da propaganda de clínicas médicas, a auto-promoção de profissionais médicos! Sim, pasmem, médicos que pagam para, não sei se seria correto o termo, anunciarem-se ou em outras palavras fazerem propagandas de si próprios! E não pensem que tratam-se de algumas linhas não, é anúncio de página, contendo foto do ser e de seu sorriso no mínimo, ganancioso!

Veja se concordam: o profissional que deveria importar-se com o bem estar do que deveria ser seu paciente, vendendo seu peixe pro seu futuro cliente - estou certa? É isso mesmo?

paciente = cliente?

Se a premissa é verdadeira há uma outra inversão ainda mais "indignante":

médico = comerciante???

Uá da fa, men!!! Não posso crer, não posso aceitar. Cadê a ética? È - ti -ca é o mínimo. Não, não posso aceitar!


"S" com som de "X"


Gente, o Reinaldo Gianecchini sempre falou "ésses" com som de "xis"????

Estou eu assistindo a novela das 8h, que passou pras 9h e que agora é mais ou menos 9h15 e vendo aquele bonitão do Giane (apelidinho carinhoso! rs), quando em mais uma de suas maldades o Fred, personagem do cara, teve um momento maior de falas e... não é a primeira vez que percebo que ele está falando meio que que nem o Marcos Mion, cara!!! kkkk


Meu, fala sério! Tá certo que o Mionzinho melhorou com os anos, malhou pra caramba e tals, mas esse jeitchinho de falar ninguém mereeeeeece!!! Fica meio esquisito um cara do porte do Giane ficar falando com esse sonzinho meio que "fricativo", meio que "entre dentes", não fica??? rs Reparem! O mais engraçado é que ele não falava assim antes ou será que eu era menos crítica antes????

A parte - a novela Passione tá meio monótona, não está? Além da trama de assassinatos misteriosos ser exatamente a mesma de sempre, agora Sílvio de Abreu deu pra mudar drasticamente a personalidade de seus personagens.

Clara era má e ficou boa e as revistas gritam nas bancas que ela ficará má de novo.
A Melina é outra que varia de boa pra má e de má pra boa, sem contar seu irmão, que tinha algum problema estranho com imagens no computador e que a Diana quase vomitou ao descobrir o que era e agora ninguém fala mais no assunto.
Tudo isso sem mencionar o Mauro que pra mim é bonzinho demais e que provavelmente é o vilão, segundo minha experiência!

É isso, meu momento novelístico! kkk

domingo, 21 de novembro de 2010

Buracos no forro

Adorava chegar ao interior de madrugada e ver a mesa posta com pão caseiro, xícaras desparilhadas, cada uma de uma modelo, e aquele açucareiro de inox todo amassado.


Fosse a hora que fosse, minha avó levantava, saudava a todos e ainda esquentava o leite gordo que o leiteiro deixava em sua porta pela manhã, também em leiteiras de inox, no fogão aceso a palito de fósforos, leite cheio de nata... Eu era bem vinda.

Daí íamos deitar e eu conseguia ver as luzes da casa que ainda estavam acesas pelos buracos e espaçamentos das tábuas que serviam de forro para o teto.
Parecia que eu estava olhando pro céu!

Minha avó levantava-se depois por volta das 5h30 da matina, como era sua rotina, pra cuidar da casa, fazer massa de pastel, de pizza e vários tipos de biscoito e depois pra requentar o leite novamente pra cada um que se levantasse...

E não é que tem gente que não gosta de nata?!

sábado, 20 de novembro de 2010


Estava eu toda feliz no supermercado (nem tanto - minha mãe tinha de fazer compras e ela sempre demora hoooras!), quando senti um desagradável chamado da natureza e tive que dirigir-me ao banheiro da instituição com mil caraminholas na cabeça, do tipo: putz, bem agora?! Que droga! Que nojo!... Mas não teve jeito. Tive que ir lá na casinha, e lá chegando, deparei-me com três moças, prováveis funcionárias do mercado em provável hora de descanso. Uma estava no sofazinho de amamentação, toda deitada folgada de pernas pro ar, e duas de pé que nem vi seus rostos.
Percebi que tinha entrado no meio de uma conversa importante que, sem nenhum constrangimento, continuou enquanto eu higienizava e forrava o assento do vaso sanitário:

"_ Dai eu disse a ele...

_ Ele é aquele cara que veio aqui no outro dia?

_ É sim.

_ Ele é bonito!

_ Ele é segurança lá. Daí...

_Nossa! Ele é bonito!

_ É. Daí ele me ligou no celular e perguntei, quem tá falando? Ele respondeu: - Aqui é o cara que você beijou ontem a noite. Quem foi que te deu meu telefone, perguntei e ele disse: - Suas amigas. Elas te amam!

_ Só estou ligando pra saber se vc quer tomar uma cerveja hoje a noite.

_ Daí eu fui... fomos lá na 13 e bebi, bebi pra caramba... nós dois... Chegou uma hora que ele disse: Vamos embora? Quero te levar no Savana. Eu disse: quê? Vc sabe, né, na minha cidade não tem nada disso a gente vai pra casa. Daí eu disse: como assim? Só porque eu vim tomar uma cerveja com vc, já pensa que vou fazer outra coisa?

_Eu vou te dar o meu carinho, o meu amor, depois se rolar mais alguma coisa... Mas a gente só vai lá pra eu te dar o meu ca-ri-nho (palavras enfatizadas faladas em sílabas)... Eu respeitar a sua vontade!

_Daí fomos. Ele pegou uma suite de duzentos e setenta reais e disse: Essa é a mais barata que eu pego.

_ Vixi!

_Nossa! A mais barata? (risos)

_ Daí rolou o que tinha pra rolar, né? (risos) E estamos juntos até hoje... E aquele lá disse que eu ia trocar ele por ela e me largou...

_ Trouxa!

_ Idiota!"

Serviço feito (até demorei-me um pouco mais divertindo-me com a história), saí da cabine banheiral e procurei ver o rosto da interlocutora da história, mas ela ainda estava de costas e só pude ver seus cabelos negros e cacheados presos em uma daquelas redinhas com laço em um coque bem feito, no topo de sua cabeça pequena, amparada por seu pescoço negro, no topo de seu corpo baixo e tipicamente brasileiro, assim como seu sotaque nordestino.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Is it a "new wave?

Ó xenti! Hoje logo nas primeiras horas da manhã tive um big flashback. Uma aluninha adorável que eu tenho logo no primeiro horário da quinta-feira, estava com os cabelos penteados (elas sempre vêm com os cabelos ajeitados por causa das aula de ballet e de ginástica olímpica que a escola oferece) e pasmem - com gel de glítter colorido!!!
Quase que consegui sentir o cheiro do gel da minha infância! O gel "New Wave" vinha em tubos transparentes escrito em rosa e com o gelzinho, quando tradicional, rosinha também... ah, que lembrança boa!
Minha mãe tinha um guardado só para ocasiões especiais que era parecido com esse da minha aluninha, MULTICOLORIDO e BRILHANTE, uau!!! Meu sonho era encher minha cabeça com aquela meleca multicolorida e as vezes os fazia, e ficava dias e dias ainda com o brilho no couro cabeludo, assim como areia como quando tomamos um caldo das ondas na praia, assim como caspas metalóides coloridas!!! hihihi


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quem não deve, não deve?!

Este primeiro post é sobre um assunto que revirou meu estômago e fez doer minha cabeça esta semana.

Vc crê que realmente tudo está bem entre vc e o “Leão” brasileiro? Pois eu também tinha esta iludida impressão até que resolvi comprar um apê (assunto à parte).

Do país do “Tudo bem entre mim e o Imposto de Renda”, onde eu costumava viver, fui arrancada quando tive que entregar toda a documentação para o supra-ciatado apê e a corretora me informou que havia algum tipo de restrição lá na Receita Federal e que eu precisava dar uma passada lá e ver do que se tratava.

Esta "passada na Receita" me rendeu três visitas à Receita Federal, uma busca louca por um contador e a descoberta de três irregularidades em minhas declarações de 2006, 2007 e 2009.

Lá no meu lindo país eu mesma fazia a declaração e claro, me assustava quando ainda devia imposto, pois como é que pessoas que ganham fortunas (minha opinião de pobre!) recebem restituição e eu uma reles professora de salário (multimilionário em meus sonhos!) muito humilde é que ainda devo e portanto pago para meu país continuar se desenvolvendo?! Indignação a parte, reclamava mas pagava, mas NUNCA ter sido contatada e/ou avisada das irregularidades é DEMAIS (no mau sentido) pra mim e adivinhem no que resulta irregularidade + atraso???????? Claro que JUROS!!! Ou seja, não podia comprar um apê, não fui avisada de irregularidade nenhuma em QUATRO anos e ainda tenho que pagar JUROS pela desorganização e falta de respeito do governo para com o cidadão comum. Legal, né?

Final da história: R$ 700,00 nessa brincadeira, sem contar as horas de almoço perdidas, o combustível perdido e a infância perdida (brincadeira!)!!! Mas o assunto e sério e o descaso muito mais.

Conselho: Contrate um contador pra fazer sua declaração de imposto de renda anual caso ache que está fazendo alguma coisa de errado, mas principalmente fique atento, pois se vc de fato estiver, vai ter que pagar juros por seu erro!!!