sábado, 26 de fevereiro de 2011

Primos - espécie em extinção

Ahhhh como adoro lembrar todas as aventuras com meus queridos primos....

Meu pai me deu a linda oportunidade de fazer parte de uma família de muitos tios, portanto, de MUITO primos!

Nossa infância foi compartilhada principalmente em Divinolândia, cidade onde quatro dos oito filhos de minha avó Lourdes ainda habitam e para a qual amo viajar.

Quantas aventuras no "pasto", local logo atrás da casa de minha avó, naquela goiabeira que hoje ficou minúscula, na rádio "Bué, Chorão"... nome dado por causa de meu primo Conrado que não parava de chorar porque, como ele e minha irmã eram os menores, sempre eram os mais judiados! Cada um tinha seu lugar fixo na árvore. Um dia a Mainá caiu de lá de cima em cima do coco da vaca e essa história durou anos a fio!

Andávamos pela cidade em nosso grupinho, mas sem companhia dos adultos desde muito cedo e formávamos uma pequena gangue, tal como aquela do desenho "Nossa Turma".


Eu era cachorrinha na nossa brincadeira!

Aprontávamos tanto que um dia, meu primo Fabrício quebrou meu dedo na luta por uma bola de basquete e meu primo Conrado me fez um galo na testa quando me tacou uma pedra. Tive meus dias de vingança, um dia taquei desodorante nos olhos da minha prima Vanessa, o problema foi que depois tomei uns tapas da minha tia Rê! kkkkk

Passávamos o dia na horta em meio às nossa imaginações e fazíamos guerra de jabuticaba (isso qdo ninguém cuspia a jabuticaba na cabeça do outro)!

Íamos ao local que chamávamos de "Paineira" e passávamos o dia lá no meio dos bambuzais e de um riachinho, além dos pés de ananás, que demorei a descobrir que eram um tipo de abacaxi!

Corríamos, brincávamos, brigávamos, brincávamos de novo e depois voltávamos a brigar! Amo todos os primos que eram pequenos demais para participar de nossa aventuras e os que nasceram só depois, mas Dani, Nê, Aline, Conrado, Nessa, minha irmã Mainá e meu primo mais insuportável, porém mai inseparável Fá fizeram da minha infância a mais sensacional!

Espero que haja salvação pra mais essa espécie que hoje em dia notamos extinguir-se impiedosamente. Amo vocês!

Bola de sabão

Todos os dias de nossas vidas ao assistir nossos programas de televisão de cada dia, ou ao ler nossas revistas, ao ver propagandas nos outdores ou em qualquer outro veículo de comunicação, nos deparamos com o padrão de beleza estipulado pelos formadores de opinião feitos
especialmente para nós, a massa.




Essa reflexão vai muito mais além do fato de que ser magro é ser saudável e bonito, o ser feliz, não necessita de subterfúgios externos para preencher seu vazio interno. Vazio que advem da necessidade incessante de se encontrar, se encaixar.

Papo bravo, an?! Meio que pesado para esta manhã de verão que provavelmente está nublada e garoósa?!

Muito bem, pensemos então na forma mais perfeita no universo - o círculo. O universo ama os círculos e há algo na mágica na natureza que força sua presença e sua formação incansavelmente. Os planetas são círculos, as rotações e translações são feitas em círculos, nossas vidas e aprendizados formam e seguem um círculo, ou seja, nossas ações e coisas que acontecem conosco eventualmente voltam a se repetir em vários momentos de nossa existência, os olhos, por muitos chamados de janelas da alma são formados pelo o quê??? Círculos.


Observem agora: a única forma que tende a ser livre dentro de nosso planeta, ou seja, de tão fina e frágil, quando forçada a se formar é pressionada por todos os lados pela ação da gravidade e fica linda, livre e flutuante na mais perfeita forma de círculo e o que seria esta forma? Claro que é o nome do texto - a bola de sabão!


O universo quer que sejamos redondos meninos e meninas, por que lutar tão insensatamente contra isso e a favor das idéias do comércio???

Seja livre como a bola de sabão!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O surgimento da família - segundo Nathan


Havia uma espécie de muita inteligência que habitava o planeta terra denominada Crianças.
Cansadas de fazer tudo, este seres de supremo dote decidiram criar alguém que fizesse todos os trabalhos chatos por eles; e foi aí que nasceram os Adultos.
Os adultos, criados a imagem e semelhança das crianças (só que grandes), também eram inteligentes e as crianças tiveram que arrumar um jeito de controlá-los, e foi aí que nasceu a Birra.
Os Adultos, cansados de serem controlados pelas Crianças arrumaram uma forma de se defenderem da tirania das crianças; e foi aí que nasceu A Palmada.
Os conflitos começaram e as duas espécies tiveram que arrumar uma forma de viver em paz.
O trato foi que os Adultos criariam as Crianças com carinho apesar das Birras, mas elas teriam que crescer, tornarem-se adultos e daí cuidar dos Adultos quando fossem velhinhos; e foi a partir deste acordo que nasceu a Família como conhecemos hoje em dia!

Obs.: Esse texto não foi autorizado pelo autor, mas achei muito legal pra obedecer e nem a birra dele me deteu!!!!!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bandaid



No dedinho do pé
Ou no dedão da mão
Bandaid

Pra cuidar de um dodói
Bandaid

Curar não cura nada
Fica tudo úmido e esbranquiçado

Mas bandaid é um carinho
Como se fosse um beijinho
Não sara, mas abraça
Os de bichinhos são uma graça


Pra dias tristes, então
Devia haver bandaid pro coração!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Musicais


Quando eu era criança tive a oportunidade de viver em uma casa que era enorrrrrme.
Pensando hoje em dia, talvez ela nem fosse tão grande assim, mas era minha perspectiva de criança e ela ficou até hoje.
O fato é havia espaço para ter um jardim com sibipirunas, e um quintal com castanheiras atrás e até um carvalho.
Alguém já viu a árvore que dá a castanha portuguesa? Pois é, eu sim! E as castanhas caem dentro de uma casca de espinhos que eu, minha irmã e minha avó tínhamos que abrir com os pés para tirar as castanhas.
Nunca gostei daquelas castanhas, só pra constar, mas hoje, quando as encontramos no mercado, elas custam uma fortuna!
No jardim tanto quanto no quintal haviam ilhas de plantas, ou seja, os pedaços de piso mesmo e não de grama, formavam um caminho maravilhoso em volta das plantas e das árvores. Lugar perfeito para minhas aventuras em minha bike azul!
Lá na frente, no jardim da casa, o qual aliás não tinha muros altos e os portões dormiam abertos, havia dois banquinhos de pedra vermelhos, que serviam como meus palcos!
Pois é, eu dançava, cantava e a cada dia novo era uma oportunidade de iniciar um musical novo, ou de continuar o do dia anterior!
Tive muita sorte de crescer naquela casa na rua Capricho em Sampa, mas qualquer outra casa ou praça em que eu fosse com minha avózinha era uma nova oportunidade de dançar, girar e inventar músicas intermináveis que contavam a história da história da vez!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Atitudes individuais que favorecem o todo

Amigos, nesta semana semana que acaba de nos deixar tive a oportunidade de observar duas atitudes que fico feliz em mencionar aqui.

Ao andar de carro pela cidade sempre nos deparamos com coisas interessantes, mas na maior parte das vezes, irritantes. Dessa vez tive a sorte de encher meu coração com duas atitudes que me fazem sentir-me grata.
Lá por segunda-feira, dia 31 de janeiro, estava eu e meu filhote a andar de carro, e na avenida da Leão XIII, avenida da UNAERP, praticamente na frente do estádio do Bota Fogo, quando percebi que o trânsito se deslocava para a faixa da direita, ao que imediatamente imaginei ser em razão de algum carro quebrado, pois havia um triângulo aberto. Ao passar do lado percebi e me surpreendi com um veículo parado sim, mas com adorável senhor recolhendo um galho da flamboyant que havia caído na avenida por conta da forte chuva nos dias anteriores e colocando-o no canteiro pra que nenhum carro batesse no mesmo.


Os motoristas de nossa cidade vêm sofrendo muito por causa dos radares móveis, que são colocados com a justificativa de tentar controlar acidentes por excesso de velocidade. Lorota, em minha opinião, radar móvel é indústria de multas e não ensina nada de âmbito ético, ninguém se conscientiza da velocidade controlada por meio de multas, mas enfim...

O fato é que além do radar ser móvel, os velhos e bons "marronzinhos" ADORAM ficar bem escondidinhos embaixo de nossas flamboyants e em trechos de pouca visibilidade, como acontece na Presidente Kennedy e na Maria de Jesus Condeixa. Um irritado morador de nossa cidade, certamente cansado de ser surpreendido com os marronzinhos "atrás da moita", catou foi uma carteira escolar abandonada, e rabiscou as letras R-A-D-A-R bem grandes e tascou no trecho antes do local onde os fiscais da velocidade costumam ficar! Além de tornar os cidadãos da cidade mais alertas, nosso anônimo cidadão ainda reutilizou o lixo que encheria nossos córregos!


Amei demais, that's the way to go!




sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não, não posso aceitar!



Vocês sabiam que em 2010, quase 50 mil crianças estavam na lista de desaparecidos aqui em nosso país, a maioria vítima de rapto???? (fonte: Revista Claudia fev 2011 - Veja mais em: http://claudia.abril.com.br/blogs/noticias-da-redacao/dilma-recebe-a-carta-de-claudia/comment-page-1/).

O que me fere, me deixa indignada é pensar que existe tanto ser humano assim, que simplesmente é ruim.

O que cabe outra de minhas reflexões, dessa vez sobre a palavra desumano.

Desumano = des + humano, falta de humanidade.

Se partirmos do premissa de que os sentimentos amor, alegria, companheirismo, amizade, como também, raiva, ódio, traição entre tantos outros, são humanos; assim como as atitudes que todos eles geram como repartir, ajudar mas também matar e roubar, estuprar e privar de direitos básicos são também TODOS HUMANOS, realmente não sei de onde veio essa palavra.

Animais, além dos racionais, não fazem nada disso, portanto ser desumano é totalmente e somente (do) ser humano.

Etimologia a parte, como que seres da minha espécie, feitos da mesma massa, da minha mesma capa (não que eu seja lá grandíssima coisa) e capazes de anos de amor e desapego tão grandiosos são igualmente capazes de atos vergonhosamente grotescos.

Minha vergonha é sermos tão prepotentes e sermos superados por qualquer outro tipo de sociedade em nosso planeta: até as abelhas respeitam seus iguais e isso com a limitação intelectual que as cabem!


O que há conosco, pessoal? Não posso crer que nossa estúpida evolução tem que passar por esta parte em que o ser, só porque possui um cérebro, crê piamente que pode sujeitar o mais fraco, seu próximo, seu irmão em prol de sua mais que efêmera e limitada crença de que sua vontade, seja ela qual for, mas principalmente a de que pode levar "vantagens", pode e deve ser realizada subjugando seu igual.

Não, não e não! Isso não pode acontecer, isso TEM que parar.

Regra número 1 - "ame ao próximo como a ti mesmo" ao que acrescento, mesmo que não saibas amar respeite, passe longe ao menos!

Faço a minha parte. Você faz a sua. Agora, já!