sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tive - pretérito perfeito ou imperfeito?


Eu tive uma amiga que me levou um vaso de margaridas no cursinho que plantadas em minha casa, floresceram e refloresceram até mudarmos de lá. Essa amiga tb me levou uma lapiseira-caneta de presente só porque eu disse que era o máximo aquilo!

Eu tive um amigo que tinha uma fábrica de chocolates e que, quando levava ovos para os professores na páscoa, também levava um só pra mim... Nunca esqueci o sabor daquele chocolate branco e que por muita muita sorte e força do destino, provei esta semana um parecido na LeBonbon aqui em Ribs.

Eu tive uma amiga que sabia exatamente o que queria estudar e onde queria chegar desde os dezesseis anos. Ela queria ser engenheira e o é, também trabalha na companhia que sempre quis trabalhar.

Eu tive uma amiga que era apaixona pelo professor de geografia e uma outra por quem ele era apaixonado.

Eu tive um amigo que era filho de embaixador e que havia viajado o mundo.

Eu tive uma amiga que me achava mais bonita que ela e, God, eu não era!

Eu tive uma amiga que aprontava todas comigo, desde queimar pipoca até fazer limonada azeda e vender na calçada.

Eu tive uma amiga que tinha as melhores piadas, as melhores invenções. Palavrinhas e musiquinhas engraçadas para cada momento que entram na cabeça das pessoas que a rodeiam e de repente, estão todas falando como ela.

Eu tive uma amiga que me apoiava e gostava de mim por ser quem eu era e que sequer enxergava meus defeitos. Essa eu ainda tenho!

Tive momentos especiais com pessoas especiais e cada um desses momentos e dessas pessoas está gravado no meu facebook de memórias felizes, assim como seus profiles! Pra mim é um passado mais que perfeito. Tks a lot, guys!


domingo, 10 de abril de 2011

Nosso herói tupiniquim


Este fim de semana assisti finalmente Tropa de Elite 2 e apesar de toda violência e palavrões não deixou de me levar a uma viagem a minha infância dentro dos batalhões da Polícia Políciar da cidade de São Paulo.

Desde muito pequenina sempre viajava com meu pai, hoje coronel reformado da corporação, primeiramente pela Rodovia Anhanguera onde ficava o posto que comandava perto de Cajamar e depois para todos os BPMM's que ele comandou até chegar a Secretária de Segurança Pública de Sampa, na época da governadoria de Fleury.

Amava tudo aquilo. Seus motoristas, a forma como a patente era respeitada, os uniformes, o cheirinho da comida do batalhão, os corredores, tudo tudo... Nunca, nunca vi meu pai agir de forma que mesmo fora do trabalho desrespeitasse a corporação e tampouco vi qualquer um de seus "subalternos" nem naquela época, nem hoje o tratando com menos respeito e/ou com mais intimidade.

Amava tanto tudo isso que por muito pouco não me tornei uma oficial da polícia também, por pouco e por conta do japa que me aplicou o teste psicotécnico e que na lata percebeu que eu não tinha o perfil para aquilo. Na época fiquei arrasada, hoje acho que ele estava certinho!

Com meu filhote temos uma brincadeira em que todas às vezes que saímos do cinema dizemos qual foi nossa parte favorita. Quanto a esse filme vou primeiramente dizer a que menos gostei. Odiei o André Matias ter morrido, cara! Seu jeito, a seriedade, os óculos e até a entonação são exatamente o policial militar que conheço e que a gente tem como herói e em minha ilusão poética, heróis não devem morrer. Já a parte que mais gostei, que prova que como todos meus irmãos de carne ainda estou presa animalescamente a ela, foi o momento em que o Ten. Cel. Nascimento socou a fuça do tal político corrupto Guaraci. Acho que foi como ter a fantasia que todos os brasileiros têm de espancar um político corrupto realizada!

Uma das coisas que mais odeio é corrupção. Não entendo como caráter se vende.

Meu pai, hoje em dia pescador, consertador e apicultor ainda tem uniformes guardados.

Eu, de futura policial, tornei-me professora. Curioso, não?!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Who wants to be a Espertalhão?


Ia, mas não vou dizer que nosso país é mestre em produzir esse gênero de pessoas que denomino espertalhões, pois tipo de pessoa é como mato, tem igual em todo lugar.

Dito isto, darei dicas para você, cidadão comum, tornar-se esse ser que sem dúvida é o mais inteligente ser, pois tira proveito das brechas tolas que os outros cidadãos deixam. Vejamos:

Por que comprar um tapetinho para seu cachorrinho de apê fazer pips e cocs no lugar certo, se você pode levá-lo para fazer sua necessidades na garagem de seu prédio e deixar que as rodas dos automóveis de seus vizinhos encarreguem-se de dar fim aos dejetos?

Calma espertalhões moradores de casa, vocês também têm sua vez! Que tal levar seu cachorrinho ou cachorrão para fazer cocs e pips na pracinha onde as crianças da vizinhança brincam, ãn? Caso não haja nenhuma pracinha por aí, você pode apenas soltar os dogs pela manhã para que se aliviem nas calçadas de seus vizinhos e para que reguem as rodas de seus carros!

Pra você motorista de plantão, que tal formar uma terceira fila onde todos os outros trouxas respeitam o trânsito e os outros motoristas usando apenas as duas faixas estipuladas?

Que tal tornar-se síndico de seu prédio ou mesmo político e usar seu cargo para obter vantagens?

Que tal largar seu lixo na calçada alheia?

Que tal estacionar na vaga reservada para velhinhos e deficientes?

Que tal bater no carro de alguém em segredo, afinal, foi só uma arranhadinha e se você não contar quem contará?...

Que tal zuar seu amigo nerdzão da escola. Que tal pegar alguma coisa dele só de brincadeira e não devolver?

Que tal mentir?

Que tal enganar, roubar?

Que tal matar alguém?

Aí não, é?

Vou te falar que tudo isso é igual, só os níveis é que são diferentes. Use sua imaginação, o leque de opções é enorme. Vai treinando espertalhão, que você chega lá!