domingo, 10 de abril de 2011

Nosso herói tupiniquim


Este fim de semana assisti finalmente Tropa de Elite 2 e apesar de toda violência e palavrões não deixou de me levar a uma viagem a minha infância dentro dos batalhões da Polícia Políciar da cidade de São Paulo.

Desde muito pequenina sempre viajava com meu pai, hoje coronel reformado da corporação, primeiramente pela Rodovia Anhanguera onde ficava o posto que comandava perto de Cajamar e depois para todos os BPMM's que ele comandou até chegar a Secretária de Segurança Pública de Sampa, na época da governadoria de Fleury.

Amava tudo aquilo. Seus motoristas, a forma como a patente era respeitada, os uniformes, o cheirinho da comida do batalhão, os corredores, tudo tudo... Nunca, nunca vi meu pai agir de forma que mesmo fora do trabalho desrespeitasse a corporação e tampouco vi qualquer um de seus "subalternos" nem naquela época, nem hoje o tratando com menos respeito e/ou com mais intimidade.

Amava tanto tudo isso que por muito pouco não me tornei uma oficial da polícia também, por pouco e por conta do japa que me aplicou o teste psicotécnico e que na lata percebeu que eu não tinha o perfil para aquilo. Na época fiquei arrasada, hoje acho que ele estava certinho!

Com meu filhote temos uma brincadeira em que todas às vezes que saímos do cinema dizemos qual foi nossa parte favorita. Quanto a esse filme vou primeiramente dizer a que menos gostei. Odiei o André Matias ter morrido, cara! Seu jeito, a seriedade, os óculos e até a entonação são exatamente o policial militar que conheço e que a gente tem como herói e em minha ilusão poética, heróis não devem morrer. Já a parte que mais gostei, que prova que como todos meus irmãos de carne ainda estou presa animalescamente a ela, foi o momento em que o Ten. Cel. Nascimento socou a fuça do tal político corrupto Guaraci. Acho que foi como ter a fantasia que todos os brasileiros têm de espancar um político corrupto realizada!

Uma das coisas que mais odeio é corrupção. Não entendo como caráter se vende.

Meu pai, hoje em dia pescador, consertador e apicultor ainda tem uniformes guardados.

Eu, de futura policial, tornei-me professora. Curioso, não?!

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