Adorava chegar ao interior de madrugada e ver a mesa posta com pão caseiro, xícaras desparilhadas, cada uma de uma modelo, e aquele açucareiro de inox todo amassado.
Fosse a hora que fosse, minha avó levantava, saudava a todos e ainda esquentava o leite gordo que o leiteiro deixava em sua porta pela manhã, também em leiteiras de inox, no fogão aceso a palito de fósforos, leite cheio de nata... Eu era bem vinda.
Daí íamos deitar e eu conseguia ver as luzes da casa que ainda estavam acesas pelos buracos e espaçamentos das tábuas que serviam de forro para o teto.
Parecia que eu estava olhando pro céu!
Minha avó levantava-se depois por volta das 5h30 da matina, como era sua rotina, pra cuidar da casa, fazer massa de pastel, de pizza e vários tipos de biscoito e depois pra requentar o leite novamente pra cada um que se levantasse...
E não é que tem gente que não gosta de nata?!
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