segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maré de azar


Quem é que as vezes não se sente azarado? Uma coisa que dá errado no dia e bum, a gente já pensa: Jabiraca, sou MUITO azarado! O pior é quando esta pequena "pegadinha" do destino resolve se prolongar e se transforma em o que mais parece uma interminável maré de azar carregando nossas forças lá pro seu fundo.

As minhas são geralmente ao final do ano, pois dizem ser o inferno astral da pessoa o período de um mês que precede seu aniversário, e como o meu é em janeiro, todo ano, nesta data, começam os azaramentos, o mau humor e sabe o que pior? Passar Natal e Ano Novo com uruca! rs Mas esse ano tá indo tudo bem até agora! rs

Crenças a parte, esse negócio não se preocupa muito com aniversário não, sabe? O ano passado tive dois períodos em que precisava era tomar banho de sal grosso e benzer e recentemente, duas amigas minhas que estão longe de comemorarem seus aniversários entraram numa onda dessas.

Uma delas tomou coragem de pedir demissão, mas como foi enrolada pela empresa acabou tomando a decisão de abandonar o emprego. Um dia (que considero belo), ela terminou as tarefas, corrigiu provas, organizou tudo que podia, deixou um bilhete e em meio a taquicardia, dor de estômago e vistas embaçadas saiu de lá sem olhar pra trás. Chegou em casa e ficou o dia passando mal (isso acontece com pessoas muito responsáveis), daí, o namorado amado que foi buscá-la para tirá-la do sofrimento, chegou à sua casa de mau humor, brigou com ela e no calor da emoção ela voltou pra dentro de casa, bateu a porta da sala e quebrou seu vidro. No dia seguinte foi parar no hospital por causa da pressão (que Tks God foi medida errada) e lá ainda não conseguiu ser atendida! Quando finalmente fez as pazes com o namorado, no caminho para a casa dele seu carro quebrou e eles tiveram que largá-lo na estrada, pegando uma carona para terminar o trajeto. É mole?

Recomendo a ela três oxubaca lelê's ou oxubaca lelê três vezes, como ela mesma preferiria dizer!

Uma outra amiga minha, que também está exausta por eventuais estresses típicos de nós trabalhadores e que andou deixando o desespero tomar conta de seu ser, outro dia quase começou a chorar no trabalho. Decidimos então, sair do trabalho e fazer o que toda mulher faz para relaxar - ir ao shopping! Como já era hora do almoço, ela pegou seu prato, colocou em uma bandeja e começou a se servir. Por ser um pouquinho(rs) desligada, percebeu que não havia pegado o garfo e faca depois de já se servir de um pouco de comida, deixou a bandeja com prato de louça e foi pegar os talheres em outra pista. Eu tranquilamente pagando dei um pulo ao ouvir o estrondo de uma coisa quebrando no chão. E o que era? O prato dela que magicamente caiu espatifando-se no chão! Ela não sabia onde enfiar a cara e tivemos que sentar lá no canto, pois ela acreditava que o restaurante todo estava a encarando!

Como estávamos praticamente escondidas e levada pela adrenalina do momento (na verdade não sei muito bem o que deu nela), ela resolveu passar o dedo no resto do molho de strognof que havia sobrado em seu prato e enfiar na boca! Aí eu acho que o azar foi meu que vi tudo!rs

Continuamos nosso passeio ainda chocadas com o queda do tal prato e fofocando sobre o trabalho, quando, em nossa loja favorita, damos de cara com nossa Top Two Chefona Boss Loiruda Ai Que Meda! Saímos de lá escondidas pra não dar de cara com ela e ter que cumprimentá-la e ainda quando comentávamos o fato despreocupadamente, notamos a tal estava logo atrás de nós!

Acreditem, a odisséia do azar ainda não havia acabado! Fomos a outra loja de departamentos e comentei com ela que tinha achado lindo um anel lá, mas que não cabia no meu dedo. O que que ela fez? Enfiou no dedo dela! Tudo bem até aí, mas quem disse que saía?! Tentamos de tudo e ela quase começava a chorar de novo de frustração e de dor quando tive a brilhante idéia de pedir à uma moça segurança que cortasse a embalagem pro anel ficar mais largo. Nesse ínterim, enquanto eu ia pra uma lado a maluca ia pro outro e pediu pra um cara que estava lá ajudá-la (nem sei se o cara trabalhava lá), que chamou outro cara e que ficaram os dois, bobões, rindo feito loucos da cara dela. A segurança cortou o plastiquinho e o anel saiu, ufa! Os dois caras continuaram rindo e ela de tão feliz, abraçou e beijou os três!

Pra essa minha amiga, que mais recentemente ainda, comentando o caso, me disse que estava tudo lindo já e que não tinha mais azar nenhum (depois de discutir com o marido por estar indo ao shopping de novo), recomendo banho de sal grosso e ervas!

O que afinal fazer quando se está em uma maré de azar? Sentar, rezar, chorar e esperar passar, porque como diria Dona Zoraide (minha avó), "Não há mal que pra sempre dure nem bem que nunca se acabe"!

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