domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre o berro


O berro é um horror, mesmo que não seja de terror!
Rima chinfrin? Uma amiga diria que sim e que nunca gostou de rima assim! hihihi (plágio, Pâm?)

O berro é o vômito da alma.
Quando ela está inundada de dor e não a suporta mais, a expulsa em um estridente e animalesco berro.

O berro não pede passagem, simplesmente escapa e vai colidindo e derrubando tudo e todos que encontra pela frente, pelo lado e por trás.

Desestabiliza ao berrador e ao ouvinte.

Se para o berrador às vezes é libertação, para o ouvinte é um acorde doloroso do veneno aprisionado, mas que vem envenenar.

Um berro ou outro assim, incontrolável, até passa um certo respeito por sua pessoa, mas berradores compulsivos são odiados, pois ninguém suporta essa bomba atômica da voz constantemente, porque o berro contamina de desespero e não há ser vivente imune a ele e, uma vez contaminado, será travada uma guerra desenfreada dos mesmos.

E nesse sentido, como instrumento de guerra, o berro não pode e não deve ser empunhado todo o tempo porque dilacera tudo e todos com sua dor de alma.

Um comentário:

  1. Adorei! Quanto ao plágio, está mais que autorizado!!! O plágio quando bem empregado pode ser uma releitura saudável, uma rica contribuição ao verso já apresentado. =)
    O berro é sempre um ato de desespero, pois mesmo que positivo, é uma maneira extrema de se demonstrar algo.

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